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sábado, 23 de novembro de 2024
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Crise

Secretário de Defesa dos EUA defende diplomacia

James Mattis afirma que é preciso buscar uma saída diplomática para a crise com a Coreia do Norte

Postado em 28 de setembro de 2017 por Kamilla Lemes
Secretário de Defesa dos  EUA defende diplomacia
James Mattis afirma que é preciso buscar uma saída diplomática para a crise com a Coreia do Norte

O secretário de Defesa dos Estados Unidos, James Mattis,
defendeu ontem uma saída diplomática para a crise entre Washington e Pyongyang,
num cenário marcado por provocações quase diárias entre Donald Trump  e Kim Jong-Un. Falando de Nova Deli, Índia, o
chefe do Pentágono aposta numa postura de negociação. A Coreia do Sul também
afirmou acreditar que ainda há espaço para a diplomacia no conflito.

“Nosso objetivo é resolver o problema diplomaticamente, e
acredito que o presidente Trump tem sido muito claro sobre esta questão”,
afirmou Mattis.

Contudo, as mensagens de Trump parecem estar confundindo a
Coreia do Norte. Na semana passada, na Assembleia Geral da ONU, ele prometeu a
destruição ao país, se os seus planos nucleares continuarem. E no último fim de
semana, Trump afirmou no Twitter que a dinastia de Kim Jong-Un não duraria
muito tempo.

Por conta disto, o ministro norte-coreano das Relações
Exteriores, Ri Yong-ho, disse ontem (25) que Trump estaria “declarando
guerra”  à Coreia do Norte por meio
de sua retórica e que por isso o seu país teria o direito de derrubar aviões de
guerra americanos que voarem perto do seu território.

Alerta sul-coreano

Com a tensão, até a Coreia do Sul, aliada militar dos Estados
Unidos e inimiga de Kim Jong-Un, disse que ainda há espaço para a diplomacia. A
ministra sul-coreana de Relações Exteriores, Kang- Kyung-wha, que participou
ontem à noite de um debate no Centro de Estudos e Estratégias Internacionais,
em Washington, disse que é preciso agir “com astúcia e firmeza” para evitar
conflitos militares e não “ceder as provocações do governo norte-coreano”.

“Uma nova guerra na região teria consequências devastadoras,
não só para a Ásia mas para toda a comunidade internacional”, defendeu Kang. “O
que precisamos ter certeza é de que o tempo está acabando para eles e que as
sanções devem ser aplicadas de forma unificada”, falou. A ministra também
pontuou que é muito importante ter o apoio da China e da Rússia nessa questão.

Para ela, a “China está a bordo e continuamos a nos
certificar disso”. Kang comentou que os chineses e russos não são apenas membros
do Conselho de Segurança, são os dois maiores vizinhos do Coreia do Norte e
“ambos basicamente controlam o comércio e o que entra no país”.

A China também emitiu um comunicado hoje pedindo mais uma vez
o diálogo entre os EUA e a Coreia do Norte e o fim das provocações.

Medo

A população sul-coreana já vive sob a tensão da ameaça de um
conflito. Tanto que as agências de notícias internacionais já mostram como os
sul-coreanos compartilham informações nas redes sociais sobre como se preparar
para uma guerra.  Milhares de vídeos são
compartilhados nas redes diariamente com dicas sobre ações de emergência para o
caso de um ataque. Mais de 7.400 vídeos foram postados no Youtube sobre o
assunto somente este ano. (Agência Brasil) 

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