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sábado, 23 de novembro de 2024
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Prevenção

Cálculo Renal: Mais comum do que se imagina

Especialista alerta que as pedras nos rins podem levar à morte e cita principais causas e métodos preventivos que ajudam a evitar a doença

Postado em 1 de outubro de 2017 por Kamilla Lemes
Cálculo Renal: Mais comum do que se imagina
Especialista alerta que as pedras nos rins podem levar à morte e cita principais causas e métodos preventivos que ajudam a evitar a doença

Kamilla Lemes*

Cerca
de 10%  a 15% da população está sujeita a
sofrer com cálculo renal. Geralmente, as populares pedras nos rins atingem
cerca de 12% dos homens e 5% das mulheres entre vinte e quarenta anos. Devido
ao processo de industrialização, nos últimos vinte anos, com alterações nas
dietas e obesidades, a síndrome metabólica vem aumentando muito e sendo
diagnosticada com mais frequência em crianças. E, em algumas vezes, se não
tratado, a doença renal pode levar à morte.

De
acordo com o especialista em urologia, Frederico Moraes Xavier, o cálculo renal
é uma massa ou um agregado cristalino sólido, formado pela super saturação de
substâncias solúveis na urina. O rim funciona como se fosse um filtro tanto
para o sangue quanto para as impurezas. “O que é maléfico para o nosso
corpo passa a ser eliminado por meio da urina na filtragem natural do
organismo. Quando não tomamos água o suficiente, deixando-a muito concentrada
no físico, ocorre uma super saturação de impurezas, formando as pedras nos
rins”, explica.

Frederico
afirma que as possíveis causas como os fatores genéticos e o tipo de
alimentação acarretam à doença. “Antecedentes familiares, parentes de primeiro
grau como pai ou mãe, possuem em média 2,6 % de chances a mais  de ter pedras
nos rins. Além disso, aquele paciente que tem baixa ingestão de água, dieta
rica em proteínas ou em sódio, como sal, refrigerante e molhos estão propensos
a desenvolver o cálculo. Também, ultimamente tem se falado sobre pacientes que
são obesos e não consomem alimentos saudáveis. Estes são vulneráveis a sofrerem
com pedras ”, destaca.

Não
é nada fácil suportar as dores do cálculo renal. Para o radialista Petras de
Souza David, que há vinte anos tem pedras nos rins, um simples exame foi
necessário para descobrir o alto índice de cálcio no organismo, o que resultou
em diversas crises. “O que eles dizem ser comparado com a dor do parto é real.
A dor é muito forte. Sentia pontadas ao urinar e imaginava que algo não estava
bem. No primeiro caso, um simples raio-x mostrou a pedreira que estava
instalada nos meus rins. Realizei vários exames para diagnosticar, como
tomografia computadorizada, que mostra mais claramente onde estão os cálculos e
até ultrassom. Depois de ser avaliado, meu urologista me encaminhou para um
nefrologista. Fui medicado e cuido da alimentação, que ficou um pouco restrita.
Anualmente, faço acompanhamento médico e exames. Isso melhorou bastante”, relata.

Para
quem apresenta o problema, existem algumas formas específicas de tratamento
para cada caso. O método conservador é indicado para cálculos menores, em torno
de cinco milímetros. Nestes casos, não há necessidade de cirurgias, somente
medicação e acompanhamento médico. Já o tratamento cirúrgico pode ser divido em
três etapas. A nefrolitotripsia extracorpórea por ondas de choque, cirurgias
endoscópicas e as cirurgias abertas.

Devido
as eventualidades do cotidiano, a maioria das pessoas se esquecem ou dizem não
ter tempo para se alimentar corretamente. A ingestão de líquidos pode ser um
grande contribuinte para evitar a formação de pedras nos rins. “ Uma das
melhores maneiras de se prevenir é com uma dieta rica em água e líquidos.
Geralmente pela coloração da urina percebemos se a hidratação está boa ou não.
Se ela é amarela e concentrada, significa que a ingestão de água está pouca. Se
for clara e límpida, tudo indica que está adequada. Uma dieta moderada em
proteína, restrita em sódio, com bastante frutas cítricas e vegetais é bem
vinda”, alerta Frederico Xavier.

É
muito importante estar atento à saúde e em sintomas que não sejam comuns no
organismo. De modo geral, a população só percebe que sofre com cálculos renais
tardiamente. Em algumas vezes, de acordo com Frederico, se não for tratado, o
cálculo renal pode levar à morte. “As pedras descem e entopem o canal, fazendo
com que a urina fique parada no rim, podendo gerar uma infecção no sangue,
ocasionando choque séptico levando a morte,” adverte o médico. 

Kamilla Lemes faz parte do programa de estágio do Jornal O Hoje, sob supervisão de Naiara Gonçalves. (Foto: Reprodução)

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