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domingo, 24 de novembro de 2024
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Agora é que são elas

Cresce o número de mulheres que lideram Micro e Pequenas Empresas

Para empreendedora, novas iniciativas e oportunidades são fatores essenciais para promover e estimular a mulher para o mercado de trabalho

Postado em 5 de outubro de 2017 por Márcio Souza
Cresce o número de mulheres que lideram Micro e Pequenas Empresas
Para empreendedora

Márcio Souza*

Em tempos de crise, o empreendedorismo é uma alternativa para vários brasileiros que perderam o emprego ou buscam uma renda extra. No caso das mulheres, cada vez mais elas têm se lançado no mercado. Hoje, as mulheres ocupam posições de grande destaque quando o assunto é micro e pequenas empresas. Empreender pode ser uma boa alternativa para a mulher que quer se manter no trabalho formal. 

Segundo Ludmilla Damatta, fundadora da Rede Goiana da Mulher Empreendedora, novas iniciativas e oportunidades são fatores essenciais para promover e estimular a mulher para o mercado de trabalho. “Novas iniciativas promovem o despertar e estimulam para que a mulher possa se ver como empreendedora. Isso é um passo a mais que elas dão”, afirma.

Um levantamento da Global Entrepreneurship Monitor (GEM), que é a principal pesquisadora de
empreendedorismo do mundo, aponta que, em 2014, 51,2% dos empreendedores que iniciam negócios são mulheres. Para Ludmilla, empreendedorismo é um trabalho feito em conjunto. “Eu acredito que muito do empreendedorismo é aquilo que a gente pode fazer pelo ambiente, é um trabalho em conjunto. São as associações, grupos, os movimentos, as organizações, é o estado fazendo a parte dele e o
município também com as ações”, pontua.

De acordo com o Mapeamento Simplic Online, o perfil da mulher empreendedora no Brasil é a seguinte: não possui carteira de trabalho assinada, mora na região sudeste do país, tem o ensino médio completo, com renda em torno de R$ 2.000 e idade entre 23 e 30 anos.

São Paulo lidera o ranking dos estados como polo empreendedor feminino. Goiás aparece na 9º colocação em solicitações direcionadas a novos negócios, com 3,30% na participação. “As mulheres representam hoje a maior parte da população desempregada no Brasil e, ao mesmo tempo, chefiam 4 a cada 10 lares no país. Tendo em vista esse cenário, o crédito online para autônomos tem se tornado uma ferramenta importante dessa camada da população para empreender, a fim de que possam complementar ou constituir sua fonte de renda”, destaca Bruno Borges, gerente de Marketing da Simplic.

A partir de 1º de janeiro de 2018, o Simples Nacional, ou Supersimples, fará uma nova renovação
de regras. Entre as normas que serão alteradas estão os limites de faturamento para estar no modelo e a criação de uma faixa de transição para outros tipos de tributação.

O regime do Simples estabelece um tratamento diferenciado, permitindo que microempresas e empresas
de pequeno porte possam recolher impostos por meio de uma única guia. O limite das micro e pequenas empresas hoje é de R$ 3,6 milhões. No ano que vem, passará a R$ 4,8 milhões. Para 2018, no caso dos microempreendedores individuais (MEIs), o teto de faturamento será de R$ 81 mil por ano (hoje é de R$ 60 mil). 

“Nos dias de hoje o microempreendedor individual também é uma maneira de despertar a pessoa para contribuir para a questão dos impostos, pra que ela seja resguardada, foi um passo a além nesse quesito. Porque quando a pessoa tem essa visão, ela acaba se profissionalizando e, consequentemente, cresce mais no mercado de trabalho”, ressalta a empreendedora.

Fundada em 14 de outubro de 2013, a Rede Goiana da Mulher Empreendedora tem o objetivo de promover o fortalecimento da mulher empreendedora do Estado de Goiás, além de integrá-las
numa rede de apoio mútuo. “A Rede trabalha com dois pilares: networking, que basicamente é quando a mulher está em um ambiente onde outras mulheres estão empreendendo, e isso acaba afetando seu desempenho, estimulando a sua visão de onde você está, e para onde pode chegar. As outras ações são
palestras, encontros, fóruns, congressos, workshop e oficinas”, explica.

Ludmilla conclui que o empreendedorismo é um movimento que tem crescido, não só nacional e regional, mas global. “Sobre o emponderamento feminino, nós estamos vivendo no século da
mulher. Em cada região brasileira têm suas próprias líderes que levantam diversos movimentos, que levam adiante e a gente tem contribuído aqui em Goiás através da Rede Goiana da Mulher Empreendedora”. 

(*Márcio Souza é integrante do programa de estágio do jornal
OHoje.com, sob a supervisão de Naiara Gonçalves) – Foto: Reprodução 

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