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domingo, 24 de novembro de 2024
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Pautas

Câmara convoca sessão para adiantar votações em semana de feriado

Para tentar adiantar algumas votações, a presidência da Casa convocou sessão deliberativa para esta segunda-feira (30), dia tradicionalmente de baixo quórum

Postado em 30 de outubro de 2017 por Victor Pimenta
Câmara convoca sessão para adiantar votações em semana de feriado
Para tentar adiantar algumas votações

A pauta legislativa deve levar alguns dias para voltar à
normalidade na Câmara encerrada a votação que rejeitou a segunda denúncia
apresentada contra o presidente Michel Temer e dois de seus ministros. Com o
feriado de 2  de novembro, a próxima
semana na Câmara deve ser de movimento reduzido e poucos projetos deverão ser
analisados pelos deputados.

Para tentar adiantar algumas votações, a presidência da Casa
convocou sessão deliberativa para esta segunda-feira (30), dia tradicionalmente
de baixo quórum. Na pauta, constam duas medidas provisórias (MPs), entre elas a
que trata da reforma do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

As mudanças propostas pelo governo nas regras do Fies já
foram discutidas e aprovadas em comissão especial no Congresso e aguardam
votação dos parlamentares desde julho. A MP altera leis que regulam o Fies, as
formas de concessão e pagamento, o modelo de gestão e inclui outras fontes de
recurso para o Fundo. A segunda medida provisória na pauta de votação da semana
institui um regime especial de tributação para atividades de exploração e de
desenvolvimento de campo de petróleo ou de gás natural.

As medidas serão apreciadas em plenário sem a condução do
presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que passará a semana em viagem a
Israel, à Palestina, à Itália e a Portugal. Maia embarcou para a missão oficial
com uma comitiva de nove deputados na sexta-feira (27) e só voltará ao Brasil no
próximo dia 5. Uma das pautas da viagem é o encontro com representantes de
empresas e ministros da área de segurança pública, tema a que Maia quer dar
prioridade na Câmara ainda neste semestre.

Senado

O Senado pode votar nesta semana o Projeto de Lei 28/2017,
que regulamenta o uso de aplicativos de transporte remunerado privado de
passageiros, como o Uber, Cabify e 99. Com a aprovação do pedido de urgência, o
PL não precisará mais tramitar nas comissões e passa a ser o primeiro item da
pauta do plenário. Se for aprovado como está, o texto já pode ir à sanção. Caso
haja mudanças, o projeto terá de voltar à Câmara dos Deputados, onde foi
aprovado em abril.

O presidente do Senado, Eunício Oliveira, afirmou que busca
maior entendimento entre os parlamentares para deliberar sobre o tema. A
previsão é que o PL seja colocado em votação na terça-feira (31). O texto
estabelece que os serviços só serão legalizados se receberem autorização das
prefeituras, como ocorre com os táxis. O serviço por aplicativos não poderá
funcionar enquanto não houver regulamentação municipal.

Congresso Nacional

O Congresso Nacional tem sessão conjunta marcada para próxima
terça-feira (31), às 19h. Senadores e deputados analisarão sete vetos do
presidente Michel Temer às matérias aprovadas pelo Legislativo. Ao todo, são
seis vetos parciais e um total.

Entre os vetos está o dispositivo do Projeto de Lei 110/17 que
previa que doações e contribuições não poderiam ultrapassar 10% do rendimento
bruto recebido pelo doador no ano anterior à eleição. O texto estabelecia o
limite de dez salários mínimos para cada cargo ou chapa majoritária em disputa,
somadas todas as doações.

Outro veto de Temer foi o trecho da mesma lei que exigia aos
provedores de aplicativos e redes sociais a suspensão de publicação quando esta
fosse denunciada por ser falsa ou incitar ódio durante o pleito. O dispositivo
foi motivo de polêmica e considerado “afronta ao núcleo da democracia” pela
Associação Brasileira de Internet (Abranet), que repudiou o trecho. Em um
acordo com o autor da emenda, deputado Áureo (SD-RJ), Temer anunciou que
vetaria o trecho antes mesmo da aprovação da Lei pelo Congresso Nacional.

A pauta do Congresso também prevê a análise de 14 projetos
que autorizam créditos orçamentários a ministérios e órgãos públicos. Ao todo,
os projetos liberam quase R$ 1,5 bilhão. 

Fonte: Agência Brasil. (Foto: José Cruz)

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