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segunda-feira, 25 de novembro de 2024
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Catalunha

Presidente catalão diz ter ido à Bélgica buscar apoio contra opressão

O presidente insiste em um viés de luta regado a paz e diálogo, tendo lamentado que Madrid não tenha acatado suas tentativas de discussão

Postado em 31 de outubro de 2017 por Guilherme Araújo
Presidente catalão diz ter ido à Bélgica buscar apoio contra opressão
O presidente insiste em um viés de luta regado a paz e diálogo

Destituído pelo governo espanhol, o presidente catalão Carles Puigdemont afirmou na manhã desta terça-feira (31) durante uma entrevista concedida em Bruxelas, na Bélgica, que não foi ao país pedir asilo político. Puigdemont disse que sendo um cidadão europeu pode circular livremente e que a cidade belga, capital da União Europeia, é o lugar mais apropriado para denunciar a opressão e a politização da Justiça espanhola.

Deixando claro que não descartou a ideia de incluir a UE no conflito, mesmo até o momento nenhum país tendo se pronunciado a respeito de uma possível mediação. O presidente insiste em um viés de luta regado a paz e diálogo, tendo lamentado que Madrid não tenha acatado suas tentativas de discussão, partindo para a violência. Em 1º de outubro, quando a Catalunha realizou um referendo que consultava a população sobre sua separação da Espanha, cerca de 800 pessoas ficaram feridas.

Ao conversar com a imprensa, Puigdemont falou em catalão, espanhol e francês, respondendo ainda a 5 perguntas dos jornalistas. Ele não afirmou quanto tempo ficará em Bruxelas, alegando a busca por um processo justo: “Não queremos fugir de nossas responsabilidades perante a Justiça, mas queremos garantias”, disse.

O presidente ainda confirmou que respeitará o resultado das eleições marcadas para o dia 21 de dezembro pelo governo espanhol, mas atacou questionando se o governo também estará disposto a tratar com respeito a opinião dos separatistas. 

Foi aprovada na última sexta-feira (27), depois de um período marcado por incertezas quanto à situação da região, a declaração unilateral de independência, registrada em votação secreta. Algumas horas após a divulgação do resultado, o parlamento espanhol autorizou a aplicação do artigo 155 da Constituição, responsável por suspender a autonomia da região e destituir membros do governo separatista, incluindo o próprio Carles Puigdemont. 

No momento correm dois processos na corte espanhol contra os membros do governo pelos crimes de rebelião, insurreição e perturbação da ordem – crimes que podem dar a Puigdemont e seus aliados cerca de 30 anos de reclusão, caso volte à Espanha. 

 

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