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terça-feira, 26 de novembro de 2024
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Economia do interior de Goiás cresceu mais em 2015

Os dez municípios mais ricos do Estado continuam praticamente os mesmos. A única diferença foi a entrada de São Simão e a saída de Caldas Novas

Postado em 14 de dezembro de 2017 por Márcio Souza
Economia do interior de Goiás cresceu mais em 2015
Os dez municípios mais ricos do Estado continuam praticamente os mesmos. A única diferença foi a entrada de São Simão e a saída de Caldas Novas

A economia do interior goiano
agregou mais valor à produção, entre 2014 e 2015, e abocanhou uma parcela maior
(73,1%) na participação do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, embora mais
de um quarto do valor total, de R$ R$ 173,632 bilhões, ainda tenha sido
movimentado pela economia da Capital (26,9%). É o que mostram os dados
consolidados do PIB Municipal de 2015, divulgados nesta quinta-feira (14/12),
pelo Instituto Mauro Borges de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos, da
Secretaria de Gestão e Planejamento (IMB/Segplan), em consonância com o
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dez municípios mais ricos do
Estado continuam praticamente os mesmos. A única diferença foi a entrada de São
Simão e a saída de Caldas Novas desse seleto grupo. São eles: Goiânia,
Anápolis, Aparecida de Goiânia, Rio Verde, Catalão, Itumbiara, Jataí, Luziânia,
São Simão e Senador Canedo, embora eles tenham perdido uma pequena porcentagem
na formação do PIB total do Estado. Em 2014, esses mesmos municípios eram
responsáveis por 59,90% do PIB goiano. Em 2015, essa fatia caiu para 58,80%,
representando R$ 102,170 bilhões.

Os dez menores municípios goianos
em relação do PIB de 2015 foram: Anhanguera, Jesúpolis, Cachoeira de Goiás,
Palmelo, Damianópolis, Teresina de Goiás, Guaraíta, Adelândia, Morro Agudo de
Goiás e São Patrício.

No interior do Estado, os maiores
ganhos de participação do PIB vieram dos municípios de São Simão, Minaçu, Rio
Verde, Trindade e Cachoeira Dourada. A perda de Goiânia em 2015, na comparação
com 2014, foi devido, principalmente, à redução do valor adicionado da
indústria de transformação, na atividade de construção civil.

A superintendente do IMB/Segplan,
Lillian Maria da Silva Prado, observa que 41,5% dos municípios goianos possuíam,
em 2015, a atividade de serviços como a mais representativa na economia local.
A agropecuária também possui grande importância, pois 87 municípios a tiveram
como principal atividade econômica. A administração pública se destacou na
estrutura positiva de 36 municípios goianos. Por outro lado, a Indústria vem
perdendo participação econômica, de forma que apenas 8,5% dos municípios
goianos a apresentaram como principal atividade produtiva. Nessa atividade,
destaca-se o município de São Simão, em que a Indústria representou 89,6% de
sua economia, puxada pela geração de energia elétrica.

Ranking

No ranking dos 100 maiores
municípios em PIB do Brasil aparecem duas cidades: Goiânia, na 15ª posição –
ganhou uma posição em relação a 2014 – e Anápolis na 65ª. A liderança continua
com São Paulo, seguido do Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba,
Porto Alegre, Manaus, Osasco (SP), Salvador e Fortaleza. Vale ressaltar que
entre os municípios das capitais brasileiras, Goiânia ocupa a 11ª posição, mesma
do ano anterior.

Dos 10 maiores municípios
brasileiros na agropecuária a liderança é de São Desidério (BA). Rio Verde
aparece no 3º lugar e Jataí na 8ª posição. A grande maioria desses municípios
está no Centro-Oeste. No ranking goiano os principais são: Rio Verde, Jataí,
Cristalina, Mineiros, Goiatuba, Luziânia, Catalão, Chapadão do Céu, Paraúna e
Montividiu.

No que se refere ao valor
adicionado (VA) da indústria os maiores municípios goianos foram: Goiânia,
Anápolis, São Simão, Aparecida de Goiânia, que concentram 44% desse valor,
seguido de Catalão, Rio Verde, Itumbiara, Minaçu, Luziânia e Senador Canedo. No
VA dos serviços (incluindo a administração pública), destacaram-se Goiânia,
Anápolis, Rio Verde, Catalão, Itumbiara, Jataí, Luziânia, Cidade de Goiás e
Senador Canedo.

Em 2015, as economias goianas com
maior dependência da administração pública, de acordo com o IMB/Segplan, foram:
Anhanguera, Teresina de Goiás, Damianópolis, Jesúpolis, Santo Antônio do
Descoberto, Colinas do Sul, Palmelo, Bonfinópolis, Guarani de Goiás e Nova
Gama. Já as economias com menor dependência da administração pública foram: São
Simão, Cachoeira Dourada, Chapadão do Céu, Davinópolis, Perolândia, Ouvidor,
Paraúna, Pilar de Goiás, Alto Horizonte e Catalão.

Em termos de PIB per capita, em
2015, três municípios goianos se destacam no cenário nacional: São Simão, em
17ª posição, com valor de R$ 162.544,60; Davinópolis (37º lugar), com R$
102.998,16 e Perolândia (38º), com R$ 101.882,14. No ranking goiano os maiores
são: São Simão, Davinópolis, Perolândia, Alto Horizonte, Chapadão do Céu e
Cachoeira Dourada. Já os menores PIB per capita são: Novo Gama, Bonfinópolis,
Santo Antônio do Descoberto, Damianópolis, Águas Lindas de Goiás e Teresina de
Goiás.

O estudo do IMB/Segplan mostra
que os municípios com os menores PIBs per capita do Estado estão
predominantemente nas regiões Leste e Norte e possuem baixa densidade
populacional e forte dependência da atividade de administração pública. Ou
seja, dependem de transferência de recursos públicos. 

Foto: Reprodução

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