Argentinos protestam contra reforma da previdência
Palácio do Legislativo, local onde as votações acontecem, passou toda a manhã cercado
De fato, a Reforma da Previdência não é um dilema exclusivo do Brasil. Um grupo de manifestantes entrou em confronto com a polÃcia argentina nas imediações do Congresso Nacional, em Buenos Aires, a fim de protestar contra a sessão legislativa em que o governo pretendia aprovar as modificações.
O Palácio Legislativo da capital amanheceu completamente cercado. Com grande rejeição polÃtica e social, a situação chegou a nÃveis de tensão extrema, ao passo que dois agentes ficaram feridos. Manifestantes atiraram garrafas e pedras contra a polÃcia.
De acordo com autoridades, os policiais mobilizados para ações do tipo não poderão usar armas de fogo para conter manifestações, de acordo com a lei. Balas de borracha deverão ser usadas somente em casos em que não haja certa distância e “consequências nocivas para os manifestantes”.
A partir de agora, quem está à frente do dispositivo de segurança é a PolÃcia de Buenos Aires, que diz respeito ao governo local. A decisão veio após uma série de controvérsias ocorridas depois de um enfrentamento entre gendarmes e manifestantes que ocasionou uma série de detenções e dezenas de feridos.
Entre as alterações que a reforma pretende fazer está a modificação da fórmula para calcular os aumentos do montante econômico relacionado às reformas que o governo permitirá aos aposentados receber mais no próximo ano. A oposição acusa a decisão de reduzir os ganhos dos setores mais vulneráveis.
Nesta segunda-feira (18), a Confederação Geral do Trabalho (CGT), considerada a maior central operária da Argentina, convocou uma greve nacional de 24 horas como boicote ao projeto.