Empresa de mobilidade urbana promove debate para aumentar segurança das mulheres
Pesquisadores, policiais e motoristas se reuniram para fornecer ideias a serem implementadas em aplicativo
A 99, startup nacional de mobilidade urbana,
realizou nesta semana, em São Paulo, a segunda edição do evento “Vamos Ouvir”, para debater a
segurança das mulheres no aplicativo e aprimorar a qualidade do serviço. O simpósio
foi transmitido ao vivo para os Centros de Atendimento e Treinamento do app em
todo o país. “É importante falarmos sobre o assunto para jogar luz num problema
grave que até pouco tempo atrás era menosprezado”, disse a pesquisadora
Cristina Neme, consultora de projetos do Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Cerca de 150 convidados compareceram ao debate, que aconteceu na sede da empresa.
Cristina apresentou os dados da pesquisa
“Visível e Invisível”, mostrando que 66% dos brasileiros já presenciaram uma
mulher sendo agredida verbalmente ou fisicamente no ano passado. Com a iniciativa, a 99 visa aumentar ainda mais a proteção
das mulheres durante as corridas, uma das prioridades da equipe de segurança do
app. Formado por mais de 30 pessoas, incluindo ex-militares, engenheiros de
dados e até psicólogos, o time funciona 24 horas por dia, sete dias por semana
para garantir a proteção dos usuários da plataforma.
A empresa vai formular, por exemplo, cartilhas de segurança
com base nas dicas dadas pela investigadora Amanda Oliveira, da Divisão Antissequestro (DAS) da polícia paulista, sobre como motoristas de
aplicativos podem evitar situações de risco. “Quando estiver dirigindo, circule
pelas faixas centrais e evite ser o primeiro no semáforo porque eles são
geralmente os carros abordados”, disse. “As mulheres devem deixar a bolsa
sempre no porta-malas. Com você no banco da frente, leve apenas o essencial”.
Segundo a motorista Vanessa Correa, a ajuda da comunidade de
usuários é fundamental. Ela está num grupo de condutoras que trabalham numa
mesma região da cidade, e compartilham a rota que estão fazendo para ajudar a
prevenir situações de risco.
Foto: Divulgação