OMS classifica Estado de São Paulo como zona de risco para a febre amarela
Além dos altos números contabilizados no Estado, somente em 2018, 5 mortes foram confirmadas no Rio e em Minas, que também sofrem com epidemia
* Guilherme Araujo
Um anúncio da Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta
terça-feira (16) incluiu todo o Estado de São Paulo na área de risco para a
Febre Amarela. A orientação é de que todos que viajarem à região estejam
devidamente vacinados. Ao tomar a decisão, segundo a organização, foram levados
em conta os altos índices de atividade do vírus em todo o Estado.
Para se ter uma ideia, somente entre os meses de dezembro de
2016 e junho de 2017, foram contabilizados 777 casos da doença, incluindo 261
mortes em 8 estados, entre eles Goiás. Minas Gerais e Rio de Janeiro,
federações vizinhas, também têm sofrido com surtos da doença. O governo mineiro
confirmou, por meio de um comunicado, 2 mortes pela doença nesta semana,
aumentando para 11 o número de infectados fatais deste meados de 2017. No Rio,
desde o início de 2018, foram contabilizadas 3 mortes.
Nesta quarta-feira (17), o secretário de Estado da
Saúde, Leonardo Vilela, deverá conceder uma entrevista coletiva para traçar um
balanço sobre o combate ao mosquito Aedes aegypti no ano passado e informar
sobre a situação epidemiológica da Febre Amarela no Estado de Goiás.
A preocupação tem sido
quanto à disponibilidade de vacinas para a população. Há cerca de uma semana, o
ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou não haver risco de desabastecimento
da medicação contra a Febre Amarela. Entretanto, em municípios selecionados, localizados em
zonas consideradas perigosas, foram distribuídas doses fracionadas
da vacina.