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quarta-feira, 27 de novembro de 2024
Petição

Cristiane Brasil defende competência do STJ para julgar validade de sua nomeação

Defensores de Cristiane também argumentam que os processos trabalhistas enfrentados pela parlamentar não podem ser usados para impedi-la de ser empossada

Postado em 31 de janeiro de 2018 por Victor Pimenta
Cristiane Brasil defende competência do STJ para julgar validade de sua nomeação
Defensores de Cristiane também argumentam que os processos trabalhistas enfrentados pela parlamentar não podem ser usados para impedi-la de ser empossada

Os advogados da deputada Cristiane Brasil (PTB-RJ) defenderam
hoje (31) a competência do Superior Tribunal de Justiça (STJ) para julgar a
validade de sua nomeação para o cargo de ministra do Trabalho. Em manifestação
enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), os advogados sustentam que não há
óbices legais para a posse de Cristiane, que foi suspensa por meio de liminar
proferida pela presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia. O caso voltará a ser
julgado nas próximas semanas.

Na petição, a defesa diz que a nomeação não afrontou o
princípio constitucional da moralidade e que, sendo assim, deveria prevalecer a
decisão do STJ que liberou a posse da deputada. Os defensores de Cristiane
também argumentam que os processos trabalhistas enfrentados pela parlamentar
não podem ser usados para impedi-la de ser empossada.

“A decisão agravada, no entanto, é absolutamente
insustentável, uma vez que não há qualquer violação ao princípio da moralidade,
uma vez que a ora reclamada, ao ter ajuizada contra si uma reclamação
trabalhista e resistir à pretensão do autor, está exercendo o seu legítimo
direito de ação e do devido processo legal”, diz a defesa.

A nomeação de Cristiane Brasil foi anunciada pelo presidente
Michel Temer no dia 3 de janeiro, mas a deputada foi impedida de tomar posse
por força de uma decisão liminar (provisória) do juiz Leonardo da Costa
Couceiro, da 4ª Vara Federal de Niterói, proferida em 8 de janeiro.

Couceiro acolheu os argumentos de três advogados que, em ação
popular, questionaram se a deputada estaria moralmente apta a assumir o cargo
após ter sido revelado pela imprensa que ela foi condenada pela Justiça do
Trabalho a pagar mais de R$ 60 mil a um ex-motorista, em decorrência de irregularidades
trabalhistas. Em seguida, a posse também foi suspensa por decisões da segunda
instância da Justiça Federal no Rio de Janeiro e do STF.

Fonte: Agência Brasil. (Foto: Reprodução/Neto Sousa/PTB Nacional)

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