Maia nega que vai retirar reforma da Previdência Social da pauta da Câmara
O ano legislativo será aberto hoje no Congresso Nacional e há a expectativa pelo início das discussões sobre a reforma previdenciária em plenário ainda esta semana
O presidente da Câmara, Rodrigo
Maia (DEM-RJ), afirmou hoje (5) que ainda não decidiu se vai tirar a reforma da
Previdência da pauta da Câmara. O ano legislativo será aberto hoje no Congresso
Nacional e há a expectativa pelo início das discussões sobre a reforma
previdenciária em plenário ainda esta semana, conforme anunciado por Maia no
final do ano passado.
A votação da matéria está prevista
para a semana seguinte ao Carnaval. “Antes do dia 20 de fevereiro, não há da
minha parte nenhum posicionamento para tirar a reforma da Previdência da pauta
da Câmara”, disse o deputado em nota nesta segunda-feira.
Em resposta a matérias publicadas
na imprensa que adiantam o desejo do presidente da Câmara de arquivar a
proposta diante da ausência dos votos, Maia rebateu dizendo que ainda vai
conversar com governadores e os deputados para checar se há apoio suficiente
para aprovar a emenda que altera as regras de acesso à aposentadoria.
“Hoje tenho uma reunião com
governadores para discutir a previdência e outros temas. E esta semana, com a
chegada dos deputados, vamos ouvir um a um para ver, de fato, quantos votos
temos para a votação desta matéria”, completa a nota.
Nesta segunda-feira, o presidente
da Câmara receberá governadores na residência oficial. O deputado também vai se
encontrar com o relator da proposta, Arthur Maia (PPS-BA), e consultores
legislativos para tratar de mudanças na reforma por meio de uma emenda
aglutinativa que poderá ser apresentada em plenário amanhã.
Durante o recesso parlamentar,
lideranças governistas tentaram atrair mais votos em favor da reforma, contudo,
mesmo depois de intensificar as articulações com os parlamentares ampliar a
propaganda em favor da reforma e negociar alterações no texto, integrantes da
equipe do governo admitem que ainda não conseguiram alcançar o quórum mínimo de
308 votos necessários para aprovar uma emenda constitucional em dois turnos na
Câmara.
Maia declarou várias vezes que só
colocaria a proposta para análise do plenário se tivesse certeza de que a base
aliada do governo teria mais do que o número mínimo de votos necessários para
aprová-la. O deputado afirmou também em outras ocasiões que se o quórum não for
alcançado seria melhor arquivar a proposta e retomá-la no ano seguinte, depois
das eleições.
Desde maio do ano passado, quando
a proposta saiu da comissão especial, a contabilidade dos votos favoráveis gira
em torno de 270 votos, soma que ficou ainda menor depois da votação das
denúncias contra o presidente Michel Temer na Câmara.
Fonte: Agência Brasil. Foto: Reprodução