O governador Marconi Perillo defendeu ontem em Brasília, após reunião com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maio, o empenho dos governadores na construção de uma agenda mínima que possa unificar Estados e o Congresso Nacional em relação às questões previdenciárias. “São assuntos urgentes, uma vez que os déficits estaduais crescem anualmente e estão se tornando insuportáveis”, declarou o governador, ao informar que “a ideia é juntarmos isso tudo em um único pacote, com o apoio dos governadores e tentarmos, ainda em fevereiro ou começo de março, aprovar essa agenda mínima no Congresso Nacional”, afirmou Marconi.

O encontro na residência oficial da presidência da Câmara, no Lago Sul, teve como foco a reforma da Previdência, em discussão na Câmara dos Deputados, e contou ainda com as presenças dos governadores do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg; do Tocantins, Marcelo Miranda; do Acre, Tião Viana; de Alagoas, Renan Filho; de Minas Gerais, Fernando Pimentel; do Piauí, Wellington Dias; do Rio de Janeiro, Luís Fernando Pezão; do Rio Grande do Sul, José Ivo Sartori; de Santa Catarina, Raimundo Colombo, e de representantes dos governadores de São Paulo e Sergipe.

Marconi avaliou que o encontro como produtivo e poderá resultar em avanços significativos nos próximos dias em relação a temas cruciais para o País. “Eu acredito e torço para que o Congresso consiga votar a Reforma da Previdência no dia 19. Afinal de contas, a situação da União e dos estados é dramática, o déficit é crescente”, observou.

O governador lembrou que “em Goiás nós esperávamos um déficit de R$ 1,96 bilhão para 2017 e ele, só na previdência, foi de R$ 2,09 bilhões. E isso acontece com todos os estados brasileiros. Chegou a hora de nós buscarmos um consenso em torno de uma pauta possível”.

Há algum tempo Marconi tem conversado com os deputados federais goianos a fim de convencê-los sobre a gravidade do déficit previdenciário. Ele diz que “os parlamentares compreendem que algo precisa ser feito. A própria sociedade já começou a ver que é muito grave essa situação. Se não aprovarmos esse conjunto de medidas, não teremos condições de dar sustentabilidade à agenda econômica. Vai chegar um ponto em que a situação vai degringolar de novo”.