Articulação pela reforma da Previdência é intensificada pela base governista
Votação está prevista para começar na próxima terça-feira (20). Proposta ainda não reúne os 308 votos necessários entre os 513 deputados para ser aprovada em dois turnos de votação
Com o fim do carnaval, os líderes de partidos da base
governista se preparam para retomar as articulações para a votação da reforma
da Previdência. A poucos dias da data marcada para início das discussões no
plenário da Câmara, o governo ainda busca votos para alcançar o quórum mínimo
para aprovar a emenda constitucional no Congresso.
A votação está prevista para começar na próxima terça-feira
(20), conforme cronograma definido no fim do ano passado pelo presidente da
Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). No entanto, a proposta ainda não reúne os 308
votos necessários entre os 513 deputados para ser aprovada em dois turnos de
votação na Câmara.
Por se tratar de uma emenda constitucional, a maioria
qualificada em dois turnos também é exigida para aprovação no Senado, onde deve
receber voto favorável de pelo menos 49 senadores. O texto que deve ser
discutido em plenário foi apresentado pelo relator, o deputado Arthur Maia
(PPS-BA), na semana passada. A
expectativa é de que a proposta, mais flexível do que a apresentada
inicialmente, possa atrair mais apoio em torno da reforma. Entre os pontos
alterados está a manutenção da pensão integral a viúvas de policiais civis,
federais e rodoviários federais mortos durante o trabalho.
Votos
O líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB),
afirmou à Agência Brasil que, até o fim de semana será feita uma avaliação com
os presidente Michel Temer, Rodrigo Maia e do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE)
para definir estratégias sobre o rito que deve ser seguido na próxima semana.
Na opinião do deputado, a emenda só deve ser colocada em apreciação com a
certeza de que será aprovada.
“A minha avaliação é que a gente tem que colocar em votação
com a garantia de votos. A gente não pode ir pra um risco. Não é nem uma
questão de governo, é uma questão do Estado brasileiro. Você impor uma derrota
a uma matéria como essa não é uma derrota do governo, é uma derrota que acaba
repercutindo mal para o país todo e acaba impondo sanções que talvez sejam
muito graves num momento como esse. É melhor ter a prudência de colocar uma
matéria como essa com a convicção de que nós aprovaremos, como aconteceu com a
trabalhista e outros temas”, ressaltou Ribeiro.
Questionado se o número de votos melhorou depois da
apresentação do novo relatório, o líder sinalizou que não houve mudanças devido
à dispersão causada pelo carnaval. Ele explicou que tanto a contabilidade
quanto a avaliação de novas demandas em torno do texto devem se intensificar a
partir de agora, quando a base for “reaglutinada” depois do feriado prolongado.
Fonte: Agência Brasil. (Foto: Reprodução/Abr)