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quarta-feira, 22 de janeiro de 2025
Proteção

Mais venezuelanos em busca de asilo

A porta-voz do Acnur, KaterinaKitidi, disse em Genebra que, apesar de estas pessoas não serem refugiadas, também precisam de proteção internacional

Postado em 14 de março de 2018 por Sheyla Sousa
Mais venezuelanos em busca de asilo
A porta-voz do Acnur

A agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), lançou esta terça-feira (13) novas orientações para os governos que estão recebendo pessoas da Venezuela. Desde 2014, o número de venezuelanos à procura de asilo aumentou 2.000%. A informação é da ONU News.

A porta-voz do Acnur, KaterinaKitidi, disse em Genebra que, apesar de estas pessoas não serem refugiadas, também precisam de proteção internacional. O maior número de candidatos de asilo encontra-se nas Américas.

A Acnur desenvolveu um plano de resposta regional que inclui oito países das Américas e do Caribe. Segundo a agência, “os governos têm sido generosos na sua resposta, mas as comunidades de acolhimento estão sob uma pressão cada vez maior e precisam urgentemente de apoio robusto.”

A agência da ONU pede aos Estados que “adotem medidas pragmáticas de proteção do povo venezuelano, como alternativas legais de permanência, incluindo vistos e autorizações temporárias”. Estes programas devem garantir acesso aos direitos básicos de cuidados de saúde, educação, unidade familiar, liberdade de movimento, abrigo e trabalho.

A Acnur “elogia todos os países que já introduziram estas medidas” e explica que “é crucial que estas pessoas não sejam deportadas ou forcadas a regressar.”

Em outra abordageme da crise venezuelana, o diretor executivo do Programa Mundial de Alimento (PMA), David Beasley, falou que a situação no país “é um desastre humanitário”. Segundo ele, apenas numa localidade 50 mil pessoas deixam o país de forma legal todos os dias. No total, um milhão de venezuelanos já abandonou o país.

Beasley acredita que “a questão é quão pior vai ficar” a situação. Segundo ele, “vai tornar-se muito pior” antes que os venezuelanos possam começar a regressar a casa. A Venezuela atravessa uma crise econômica e política que tem deixado a sua população com pouco acesso a comida, medicamentos, serviços sociais ou forma de subsistência.

Legalidade

A agência da ONU informa que 94 mil venezuelanos resolveram a sua situação legal no último ano, mas outros “centenas de milhares continuam sem qualquer documentação ou permissão para permanecer legalmente nos países de asilo”.

A porta-voz do Acnur, Katerina Kitidi, disse que esta situação “torna estas pessoas particularmente vulneráveis a tráfico, exploração, violência sexual, discriminação e xenofobia”.   (Agência Brasil) 

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