Angela Merkel é eleita para quarto mandato como chanceler
Quase seis meses depois das eleições gerais, ela recebeu o apoio de 364 deputados dos 692 presentes no plenário, enquanto 315 votaram contra, nove se abstiveram e quatro anularam
Angela Merkel foi eleita, nesta quarta-feira (14), chanceler
da Alemanha pela quarta vez, com votos da maioria absoluta dos Bundestag
(Câmara Baixa), após reeditar o acordo de grande coalizão entre conservadores e
social-democratas. A informação é da Agência EFE.
Quase seis meses depois das eleições gerais, ela recebeu o
apoio de 364 deputados dos 692 presentes no plenário, enquanto 315 votaram
contra, nove se abstiveram e quatro anularam.
“Aceito a eleição”, disse Merkel, perante o
presidente da Câmara, Wolfgang Schauble, que lhe desejou “força e
sucesso” para enfrentar as “grandes tarefas” da legislatura.
Entre a União Democrata-Cristã (CDU) da chanceler, a União
Social-Cristã na Baviera (CSU) e seus parceiros do Partido Social-Democrata da
Alemanha (SPD) somam 399 cadeiras.
Após o resultado da apuração, a chanceler recebeu
cumprimentos dos parlamentares e dos convidados, entre eles ministros da antiga
legislatura, futuros membros do gabinete, seu marido, Joachim Sauer, e sua mãe,
Herlind Kasner.
A lÃder do CDU vai agora para a sede da presidência do paÃs,
o Palácio de Bellevue, para ser oficialmente nomeada chanceler pelo chefe do
Estado, Frank-Walter Steinmeier, e depois voltará ao Parlamento para jurar o
cargo.
Merkel conseguiu acabar com os quase seis meses de bloqueio
polÃtico que se seguiram à s eleições do dia 24 de setembro do ano passado, que
deixaram um panorama fragmentado e poucas opções para formar um governo estável
pela queda dos dois grandes partidos – conservadores e social-democratas – e o
surgimento da ultradireitista Alternativa para a Alemanha (AfD).
Ela recorreu novamente aos social-democratas para sua quarta
legislatura, com quem já se aliou em seu primeiro mandato (2005-2009) e o
terceiro (2013-2017), após a assinatura formal, na última segunda-feira (12),
do novo pacto de governo, resultado de uma negociação complexa.
A grande coalizão sai como a primeira força de oposição para
o AfD, com 92 cadeiras; seguida pelo Partido Democrático Liberal (FDP), com 80;
A Esquerda, com 69; Os Verdes, com 67, e dois independentes, separados da
direita radical.
Com informações da Agência Brasil. Foto: Reprodução