Lula vai entrar com recursos especiais no STJ e no STF
O ex-presidente se encontra preso desde a noite de sábado na carceragem da Polícia Federal, em Curitiba, depois de se entregar na sede do Sindicato dos Metalúrgicos do ABC
A defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está preso na carceragem da Superintendência da Polícia Federal, em Curitiba (PR), vai ingressar com recurso especial no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e com extraordinário no Supremo Tribunal Federal (STF).
O primeiro dia de Lula na carceragem não registrou nada de anormal. No início da manhã de ontem, uma empresa terceirizada chegou ao local para fornecer o café da manhã dos presos. Segundo agentes da PF, a primeira refeição é café com leite e pão. Lula está em uma sala especial, transformada em sala de Estado-Maior devido à condição de ex-presidente. No local, há cadeira, mesa, cama e banheiro exclusivo. Há ainda uma janela que dá vista para a área interna do prédio.
No domingo, as ruas próximas ao local continuam fechadas. A Polícia Militar faz um bloqueio no local em um raio de 500 metros. Lá, cerca de 400 manifestantes favoráveis ao ex-presidente passaram a noite. O clima é de tranquilidade. Por volta das 9h, o grupo cantava e gritava palavras de ordem em defesa de Lula.
Também próximo ao bloqueio, moradores da cidade e curiosos se aproximam para tirar fotos e ver de perto o local onde o ex-presidente começa a cumprir a pena de 12 anos e um mês de prisão imposta pelo Tribunal Regional Federal da 4ª Região.
No início da madrugada, após a chegada de Lula, houve tumulto entre manifestantes. Oito pessoas ficaram feridas. Três dos oito feridos são crianças, um é policial militar e os demais são manifestantes favoráveis ao ex-presidente.
A senadora e presidente do PT, Gleisi Hoffmann, conversou com a imprensa e disse que Lula estava tranquilo. Ela explicou que não viu o ex-presidente, mas que fontes da PF informaram que ele estava calmo. A parlamentar também criticou a ação policial durante a chegada do petista, quando foram lançadas bombas de gás lacrimogênio. Segundo ela, as forças policiais precisam se preparar melhor e se planejar para lidar com a situação já que a previsão do grupo é fazer uma vigília enquanto Lula estiver na Superintendência.
Após o ocorrido, a PM informou que as bombas foram lançadas pela PF. Informou também que usou balas de borracha contra o grupo a favor de Lula, porque, segundo a corporação, após a explosão das bombas manifestantes favoráveis começaram a correr em direção ao grupo com ideologia oposta. Mas os manifestantes negaram e criticaram a ação policial. (Agência Brasil)
Rotina
A presença do ex-presidente na Polícia Federal alterou a rotina da região. Manifestantes favoráveis ao ex-presidente acampam no local e informam que vão continuar no espaço enquanto Lula estiver preso. Cerca de 1,5 mil pessoas se reuniram anteontem no espaço.
Informações Agência Brasil. (Foto: Reprodução)