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domingo, 24 de novembro de 2024
Acusações

Bolsonaro pede novo advogado para se livrar de ação no STF

O Deputado responde por injúria, calúnia e incitação ao crime de estupro, por lançar ofensas contra a deputada Maria do Rosário, em dezembro de 2014

Postado em 13 de abril de 2018 por Katrine Fernandes
Bolsonaro pede novo advogado para se livrar de ação no STF
O Deputado responde por injúria

O deputado federal e pré-candidato a presidência Jair
Bolsonaro (PSL-RJ) pediu ajuda a um novo advogado para tentar ser inocentado das
acusações de uma ação na qual ele é réu no Supremo Tribunal Federal (STF). Bolsonaro
responde por injúria e calúnia e por incitação ao crime de estupro. A preocupação
do deputado é intensificada, pois com uma condenação ele pode ter a sua
campanha comprometida.

O parlamentar reforçou sua defesa com o advogado Antônio
Moraes Pitombo, que tem experiência em casos no STF, ele é réu por ofensas
contra a deputada Maria do Rosário (PT-RS). Em dezembro de 2014, disse que não
a estupraria “porque ela é muito feia” e que a parlamentar, por isso,
“não merece ser estuprada”.

Pitombo já atuou no mensalão, e chegou a ter rusgas com o
relator daquele processo, o então ministro Joaquim Barbosa, que presidiu o STF
e atualmente é apontado como presidenciável pelo PSB. Ano passado, Pitombo
atuou na defesa do agora ministro das Minas e Energia, Moreira Franco, na
denúncia oferecida por Rodrigo Janot, ano passado, contra o presidente Michel
Temer. O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, era o terceiro acusado por
Janot. Os três se livraram com a rejeição da denúncia pela Câmara.

O Principal ponto de estratégia de defesa para o deputado é
protelar e retardar ao máximo o desfecho do caso. Uma das linhas é atrasar o
quanto der não só o seu depoimento como o das testemunhas arroladas para
defendê-lo, todos os deputados. Essa é a acusação dos defensores de Maria do
Rosário.

“Resta nítida a pretensão da defesa em protelar
indefinidamente o regular andamento do presente feito. A demora em se dar uma
resposta efetiva, ou a ausência de’responsabilização do réu, por sua vez, dá
razão a um sentimento de impunidade coletiva”, afirmou o advogado Cezar Britto,
que atua na defesa da deputada, em petição protocolada no STF nessa semana
pedindo agilidade no caso.

Comunicado em novembro do ano passado para ser ouvido como testemunha
de Bolsonaro, o deputado Pastor Eurico (PEN-PE) informou recentemente que
“estará à disposição” somente a partir de 25 de agosto. Outra
testemunha, o deputado Rogério Marinha (PSDB-RN), pediu para ser ouvido no STF
em 15 ou 16 de maio. Ele também foi comunicado no final do ano passado. O prazo
inicial para serem ouvidos seria até 15 de abril de 2018, segundo a defesa.

 Com informações do portal Gazeta do Povo

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