Durante a gravidez cuidados com a visão devem ser redobrados
O aumento hormônios durante a gravidez, podem afetar a visão tanto da mãe quanto no bebê. Manchas pretas e vista embaçada são algumas das principais reclamações das mulheres
Durante a gestação ocorrem nas mulheres o aumento dos hormônios, com isso, é comum que surja problemas de visão nas novas mães. Uma pesquisa realizada recentemente mostrou que 90% das mulheres
de 25 a 60 anos não sabem que as mudanças hormonais na gravidez interferem na
saúde dos olhos.
O realizador da pesquisa, o oftalmologista Leôncio Queiroz
Neto afirma que a visão embaçada é a queixa mais comum das gestantes, ele
explica que uma das causas é a maior produção de estrógenos que faz o corpo da
mulher retenha mais água e consequentemente deixa cristalino do olho
desidratado fazendo com que ele fique mais espesso.
“Este processo instabiliza o grau dos óculos e lentes de
contato. Ainda assim, a troca só é indicada dois meses após o parto” afirma.
Olho seco e ceratocone
A variação hormonal
também influi na qualidade e quantidade da lágrima, isso faz com que surja na
gestante a síndrome do olho seco que também embaça a visão, provoca coceira,
irritação e maior sensibilidade à luz. O oftalmologista adverte ainda que o
olho seco pode agravar o ceratocone.
“A doença degenerativa afina a córnea e reponde por 70% dos
transplantes no país. Por isso, todo cuidado para manter os olhos bem
lubrificados é pouco”, pondera.
Alimentação da mãe
A dica do especialista para prevenir o olho seco é incluir
na dieta alimentos que contêm ômega 3: semente de linhaça e peixes gordurosos
como a sardinha, salmão e bacalhau. Ele alerta também sobre os cuidados com a
higienização dos alimentos que também podem interferir na saúde ocular do bebê.
“Consumo de verduras e frutas mal lavadas, água contaminada,
ovos crus ou leite não pasteurizado durante a gravidez pode contaminar o feto”,
alerta.
Vacinação
Muitas mulheres não tomam as duas doses da vacina contra
rubéola quando completam a idade de um ano e entre quatro a seis anos. Por isso, não ficam imunizadas contra a
doença que pode ser contraída durante a gravidez, expondo o bebê ao risco de
nascer com catarata congênita, salienta.
O diagnóstico é feito na maternidade pelo teste do olhinho
que apesar de barato ainda não é obrigatório em todo o país. Como nos adultos,
o único tratamento da catarata infantil é a cirurgia que deve ser feita até 1
ano de idade, pontua.
Doenças sexualmente transmissíveis
As mães que possuem a bactéria da sífilis devem procurar o
tratamento com antibióticos assim que receberem o diagnóstico, os bebês que são
contaminados pela doença sexualmente transmissível podem ter sérios problemas
de saúde.
A bactéria atravessa a placenta e pode causar danos na visão
como a catarata congênita, além de alterações no coração e cérebro que podem
levar à morte. O herpes genital também pode causar a perda parcial da visão do
bebê caso a uma ferida se rompa na hora do parto.