Pesquisa mostra setor de serviços cai 0,2% em março no País
Com a retração de fevereiro para março, o setor fechou os primeiros três meses do ano com queda acumulada de 1,5%. Já o resultado acumulado dos últimos 12 meses fechou negativo em 2%
O setor de serviços fechou o mês de março com queda de 0,2%
em relação a fevereiro, na série com ajuste sazonal. Com a retração de
fevereiro para março, o setor fechou os primeiros três meses do ano com queda
acumulada de 1,5%. Já o resultado acumulado dos últimos 12 meses fechou
negativo em 2%.
Os dados relativos à Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) foram
divulgados hoje (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) e indicam que, em relação a março do ano passado, na série sem ajuste
sazonal, o volume de serviços variou -0,8%.
Do ponto de vista da receita nominal do setor, o crescimento
foi de 1,8% de fevereiro para março, com o acumulado do trimestre fechando em
1% e o dos últimos 12 meses em 2,5%. Na comparação com março do ano passado, o
crescimento foi de 1,9% na receita nominal do setor.
Segundo o IBGE, a queda de 0,2% de fevereiro para março
deste ano reflete variações negativas em três das cinco atividades
investigadas, com destaque para serviços profissionais, administrativos e
complementares, cuja retração foi de 1,8%. Os demais resultados negativos
vieram dos segmentos de transportes, serviços auxiliares aos transportes e
correio (-0,8%) e de outros serviços (-0,4%).
Fecharam com resultados positivos as atividades de serviços
de informação e comunicação, que cresceram 2,3%, e os serviços prestados às
famílias, com expansão de 2,1%. Já o agregado das atividades turísticas subiu
2% em relação a fevereiro.
Ainda na série com ajuste sazonal, o índice de média móvel
trimestral para o total do volume de serviços recuou 0,7% no trimestre
encerrado em março de 2018, frente ao nível do mês anterior, intensificando,
assim, o ritmo de queda frente a fevereiro (-0,2%).
Atividades profissionais e administrativas contribuem para
baixa do setor
O recuo de 0,2% no setor de serviços de fevereiro para março
foi pressionado, principalmente, pelas atividades de serviços profissionais e
administrativos. Ao recuar 1,8%, os serviços profissionais, administrativos e
completares voltaram, em março, “ao ponto mais baixo da série histórica, que já
havia sido atingido em janeiro de 2018”, segundo a publicação do IBGE, que
começou a divulgar a pesquisa em 2011.
De acordo com o gerente da pesquisa mensal, Rodrigo Lobo, o
volume de serviços, como um todo, ficou 12,8% abaixo do pico da série histórica,
registrado em novembro de 2014, e apenas 0,8% acima do ponto mais baixo, que
foi em março de 2017.
“Desde que atingiu o ponto mais baixo da série, o setor de
serviços tem apresentado uma sequência de resultados positivos e negativos,
oscilando perto desse patamar mais baixo”, disse o gerente.
Segundo Lobo, na comparação com o mesmo mês do ano anterior,
o segmento de serviços profissionais, administrativos e complementares
apresentou a 36ª taxa negativa, ao recuar 2,6%.
Juntamente com transportes, serviços auxiliares aos
transportes e correio, cuja queda foi de 0,7%, os dois segmentos mostraram as
quedas mais acentuadas no mês.
Resultados regionais
Apesar da queda de 0,2% no setor de serviços de fevereiro
para março, apenas 8 dos 27 estados fecharam com resultados negativos. O
destaque negativo ficou com o Rio Grande do Sul, que fechou março com queda de
2,9% frente a fevereiro, a terceira taxa negativa seguida, com perda acumulada
de 7,3% no período.
Já as principais taxas positivas vieram do Rio de Janeiro,
com crescimento de 0,8%, Distrito Federal (4,1%) e de São Paulo (0,2%).
Em relação a igual mês de 2017, a queda de 0,8% foi
acompanhada por 22 das 27 unidades da federação. Os recuos mais importantes
foram observados em Minas Gerais (-3,2%), Bahia (-6,9%), Rio Grande do Sul
(-3,7%) e Ceará (-8,9%). Já a expansão mais relevante para o índice nacional
veio de São Paulo (1,4%).
Atividades turísticas
O índice de atividades turísticas avançou 2% em março em
relação a fevereiro deste ano. Segundo o levantamento do IBGE, oito das 12
unidades da federação acompanharam o crescimento, com destaque para a expansão
vinda de São Paulo, que chegou a 7,2%, Ceará (5,4%), Pernambuco (2,7%), Santa
Catarina (2,0%) e Rio Grande do Sul (1,9%).
Já a Bahia, ao fechar com queda de 1,5%, registrou a
retração mais acentuada. Em relação a março do ano passado, o volume de
atividades turísticas recuou 0,9% no Brasil, reduzindo o ritmo de queda frente
a fevereiro (-5,2%). Seis dos doze estados investigados tiveram queda, com
destaque para Rio de Janeiro (-6,4%) e Bahia (-9,9).
Com informações da Agência Brasil.