Antônio Fagundes chega a Goiânia com a trupe de ‘Baixa Terapia’
Comédia possui parte final que
surpreende
o público
SABRINA MOURA*
Uma comédia com diálogos ácidos, às vezes contraditórios, que fluem num ritmo vertiginoso e mantêm o público ligado desde o primeiro minuto. Este é o propósito de ‘Baixa Terapia’, que chega a Goiânia neste sábado (16), às 19h, no Teatro Rio Vermelho. A peça tem no elenco nomes como Antônio Fagundes, Mara Carvalho, Alexandra Martins, Ilana Kaplan, Fábio Espósito e Bruno Fagundes.
A peça escrita pelo argentino Matias Del Federico e direção de Marco Antônio Pâmio possui uma parte final que pega todos de surpresa. Segundo Antônio Fagundes – que concedeu entrevista ao Essência –, o espetáculo é uma comédia realmente hilariante. “Ela fala de três casais que não se conhecem, e que buscam uma sessão de terapia. Ao chegar ao local, eles descobrem, juntos, que a terapeuta não foi e deixou alguns envelopes com instruções para que eles mesmos conduzam a sessão. Aí você já imagina as confusões que saem”, disse Fagundes.
No local, os casais encontram uma sala preparada para recebê-los com um pequeno bar, onde não falta whisky. A partir, daí vêm à tona queixas, confissões, suspeitas, revelações, verdades e mentiras da maneira mais escrachada. “Realmente, a peça é muito engraçada!”, exclama Fagundes. “A gente elencou, outro dia, só de brincadeira no camarim, pelo menos 25 temas importantes que a peça levanta, sempre de uma forma muito bem-humorada, por meio dos quais a plateia realmente dá boas gargalhadas com as situações. Os escritores e diretores foram muito sábios, porque eles colocaram piadas pontuais, muito boas, sendo gargalhadas garantidas”, completou Fagundes.
No decorrer do espetáculo, o ambiente vai esquentando, até se tornar quase caótico (mas engraçado), já que não são todos os personagens que estão dispostos a se abrir para falar dos assuntos afligem aos seus parceiros. A peça fala de coisas do cotidiano e das relações interpessoais.
Fagundes explica que, como são muitos temas, não há quem escape de uma identificação imediata com pelo menos cinco ou seis dos temas abordados, e completa: “Mesmo que não haja uma identificação, há um reconhecimento, afinal, o público só ri daquilo que se entende. Então esse reconhecimento faz a plateia participar do espetáculo o tempo todo”.
O espetáculo tem como objetivo que os personagens resolvam suas questões em grupo. “Depois de assistir à peça, você vai ver que eu não recomendo esse tipo de terapia, e não é à toa que se chama Baixa Terapia”, alerta Fagundes, aos risos. “Eu tenho para mim que um texto tem que modificar o espectador de alguma forma, da mesma forma que me modificou quando eu li, quando eu vi, quando eu me aproximei por texto. Quando eu assisti à Baixa Terapia em Buenos Aires, eu saí modificado; entendi a proposta do autor, que é absolutamente clara, e ele é um mestre na forma dramatúrgica com que ele colocou esses problemas, então eu quero que essa modificação que eu sofri passe para o maior número possível de pessoas”, completa.
Atualmente, a peça está sendo montada em mais de 20 países. Em São Paulo, ela ficou mais mais de um ano e recebeu mais de 100 mil espectadores. “Para o público, é gargalhada garantida, uma diversão maravilhosa e um material para conversar depois no restaurante”, finaliza Antônio Fagundes.
O espetáculo chega a Goiás com apoio e produção local da Cultura do Riso e Grupo Topbrasil.
*Integrante do programa de estágio do jornal O HOJE sob orientação
da editora Flávia Popov
SERVIÇO
Peça teatral ‘Baixa Terapia’
Quando: sábado (16) às 19h
Onde: Teatro Rio Vermelho (Av. Paranaíba, 1576-1864, Setor Central – Goiânia)
Entrada: ingressodigital.com
Informações: (62) 4141-2270