Goiano ganha medalha de prata na Copa do Mundo de Física
O estudante, Vinícius Alcântara, junto com a equipe, com o quinto lugar nesta edição, constituída de 32 países, o Brasil teve sua melhor participação na história do torneio.
Da Redação
O estudante goiano, Vinícius Alcântara, brilhou em Pequim e conquistou, ao lado da equipe brasileira, a medalha de prata no Torneio Internacional de Jovens Físicos (International Young Physicists’ Tournament – IYPT). Com o quinto lugar nesta edição, constituída de 32 países, o Brasil teve sua melhor participação na história do torneio. “Nunca antes o Brasil tinha tido uma nota tão alta durante os 5 rounds”, conta o professor Samuel Araújo, conhecido como Argentino, que está acompanhando os alunos no país.
A equipe de cinco estudantes brasileiros do ensino médio é liderada pelo goiano, que é o capitão do time. “Dono de uma trajetória inspiradora em Física, Química e Matemática, Vinícius tornou-se, neste ano, uma referência no Brasil em competições de física. Recentemente esteve também na Rússia defendendo o país noutra competição dessa ciência. Em Pequim, o Brasil teve 15 batalhas; Vinícius atuou em 5 delas diretamente. Além disso, exerceu também a função de capitão do grupo, coordenou as estratégias de competição, fundamentais para garantir o bom desempenho, e trouxe a prata”, afirma o professor Argentino.
A mãe do aluno, Ivana Alcântara Névoa, conta que, desde criança, Vinícius já demonstrava altas habilidades e dizia que queria ser cientista. “A partir dos três anos, quando íamos à praia, ao invés do típico castelo de areia, ele preferia construir um Relógio de Sol ou algo nessa linha.”
Competição
A equipe de brasileiros – formada também por Victor Barros, Gabriel Trigo, Guilhermo e Bruno – chegaram a ir para a final com os países Cingapura, China, Coreia e Alemanha. A competição premia com a medalha de prata as equipes classificadas do quinto ao oitavo lugar. O torneio de física tem formato diferente das olimpíadas de conhecimento popularmente conhecidas. “Nesta competição, as equipes precisam apresentar soluções para uma série de problemas lançados pelos organizadores”, conta o professor Argentino.
Enquanto uma equipe mostra sua resolução, outro time age como “oponente”, questionando os argumentos apresentados pelo rival; e há ainda uma equipe “avaliadora”, que apresenta uma avaliação dos prós e dos contras do desempenho tanto do time relator quanto do oponente: são os “physics fights” (lutas de física). E é tudo falado em inglês. Ao final de uma rodada, um corpo de jurados altamente técnico dá notas para a equipe relatora, para a oponente e também para a avaliadora.
Desempenho brasileiro
Em 12 edições realizadas do Torneio Nacional, cerca de 200 equipes já disputaram as “Physics Fights” oficiais no país. Desde 2010, a competição brasileira segue formato semelhante ao do Torneio Internacional. Entre dezenas de versões do IYPT realizadas pelo mundo, há alguns anos a brasileira consolida-se como a maior. Em 2017, os brasileiros conquistaram a terceira medalha de prata nos últimos cinco anos, o que assegurou ao país a posição de protagonismo no cenário internacional. Entretanto, a participação brasileira neste ano foi ainda mais relevante, já que rompeu recordes, colocando o Brasil cada ano mais próximo da Medalha de Ouro.