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sábado, 23 de novembro de 2024
Realidade

Imigrantes são os novos escravos, diz presidente da Itália

Mattarella divulgou mensagem pelo Dia Internacional contra o Tráfico de Seres Humanos.

Postado em 30 de julho de 2018 por Guilherme Araújo
Imigrantes são os novos escravos
Mattarella divulgou mensagem pelo Dia Internacional contra o Tráfico de Seres Humanos.

Presidente da República Italiana, Sergio Mattarella. Foto: DR

Da Redação

Em meio às tensões por conta da crise migratória na Itália, o presidente Sergio Mattarella afirmou nesta segunda-feira (30) que a chegada em massa de imigrantes é um terreno fértil “para as novas formas de escravidão”.

A declaração foi dada por ocasião do Dia Internacional contra o Tráfico de Seres Humanos, um fenômeno que passou a fazer parte da realidade italiana com as intermináveis “viagens da morte” que levam refugiados e migrantes forçados em barcos superlotados pelo Mediterrâneo.

“A escravidão representou uma das maiores vergonhas da humanidade. Hoje, Dia Mundial do Tráfico de Seres Humanos, nos impõe reiterar a condenação e a batalha da comunidade internacional contra qualquer forma de escravidão, velha e nova”, disse Mattarella.

O presidente citou dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que mostram que há cerca de 40 milhões de escravos no mundo, sendo 25 milhões submetidos a trabalho forçado, e 15 milhões, a formas de casamento forçado.

“Trata-se da degeneração de nossa sociedade, pragas a serem erradicadas com firmeza e que nos chamam a uma reação moral, a uma resposta adequada e a um maior empenho cultural e civil. Um terreno fértil para essas novas formas de escravidão é o fenômeno migratório”, acrescentou.

Segundo Mattarella, todos os dias “milhares de pessoas arriscam suas vidas e as de seus entes queridos no mar e na terra, em condições desesperadas”. “É uma tragédia filha das guerras, da pobreza, da instabilidade do desenvolvimento precário, alimentada por ignóbeis traficantes de seres humanos”, ressaltou, cobrando cooperação para combater esse fenômeno. (ANSA) 

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