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domingo, 24 de novembro de 2024
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Plantação

Canteiro de obras recebe horta de verduras frescas, em Goiânia

Cerca de 200 mudas variadas de hortaliças são cultivadas em obras de Goiânia e doadas para alimentar funcionários

Postado em 16 de novembro de 2018 por Sheyla Sousa
Canteiro de obras recebe horta de verduras frescas
Cerca de 200 mudas variadas de hortaliças são cultivadas em obras de Goiânia e doadas para alimentar funcionários

O projeto das hortas nas obras ultiliza materias reaproveitados da própria construção

Felipe André*

Um canteiro de obras na região Sudoeste de Goiânia ganhou um toque a mais no dia a dia. Um local separado dentro da própria obra recebe uma horta que conta com cerca de 200 mudas de hortaliças, como couve, cebolinha, alface, tomate e temperos cultivados em um pequeno pedaço de terra. O local em questão é na construção de um residencial na Capital e recebe, ao menos, uma hora de atenção e cuidados todos os dias. O resultado da horta vai direto para a mesa dos operários.

Um dos cuidadores da horta é o auxiliar de serviços gerais José Wellington Oliveira Marques. Ele conta que o tempo dedicado para a horta o faz lembrar de sua juventude, quando trabalhou no campo. “Já morei e trabalhei em fazenda por cerca de 10 anos e gosto de plantação. Além do mais, o pessoal todo aqui da obra adora a horta, pois todos podem levar, sempre que precisam, produtos fresquinhos, sem agrotóxico e o que é melhor, de graça”, revelou José Wellington.

O intuito da horta é bem simples, alimentar os trabalhadores. Os colaboradores podem desfrutar dos itens nas obras, como as pimentas, por exemplo, que sempre são colhidas para dar um toque a mais no tempero do almoço servido no próprio local e quando se aproxima o período de colheita é feita distribuição gratuita entre todos os operários, de acordo com o interesse de cada um e a disponibilidade da produção de cada espécie, visando sempre atender igualitariamente a todos que desejam levar os alimentos para casa.

Mais hortas

Mas essa não é uma experiência única para essa obra. Outro empreendimento residencial que está sendo construído em Goiânia, também adota a mesma iniciativa. Para a gestora ambiental da construtora que teve as iniciativas, Cinthia Martins, o cultivo das hortaliças nas áreas de construção tem como principal objetivo, a promoção do bem-estar dos colaboradores.

“Propomos a eles o entendimento sobre a importância de uma alimentação saudável para a promoção da saúde e do bem-estar dos trabalhadores, auxiliando não só na manutenção do peso, mas também na prevenção de algumas doenças crônicas, como diabetes, hipertensão e problemas cardíacos, oferecendo o exemplo, que é a melhor forma de educar”, destaca Cinthia.

Bruna Frazão, assistente de gestão ambiental da Toctao Engenharia, também diz que sempre que pode leva alguns maços de couve ou cebolinha e faz ‘uma média’ em casa. “Levo sempre, e minha mãe adora, pois os legumes e as verduras são fresquinhos e sem agrotóxico. Ela diz que são mais saborosas do que as hortaliças compradas no supermercado”.

Palestras

Além da horta no canteiro de obras, a empresa também promove palestras sobre alimentação saudável e conta com a presença de diversos nutricionistas convidados. O intuito é gerar uma consciência mais benéfica e reduzir os riscos de doenças mais graves, conforme informou a gestora ambiental da construtora.

“Recentemente, um profissional falou para os colaboradores sobre os alimentos funcionais, que são aqueles que oferecem benefícios à saúde, além de suas funções nutricionais básicas. Eles podem, por exemplo, reduzir o risco de doenças crônicas degenerativas, como câncer e diabetes, entre outras”, recorda Cinthia.

Além do mais as ações educativas sobre a alimentação visam diminuir o desperdício de alimentos. O assunto é inserido constantemente no Diálogo Semanal de Segurança (DSE) da empresa. O lixo orgânico se transforma em adubo para a horta que por sua vez, também se aproveitou da madeira que não foi utilizada na construção. “Temos sempre uma composteira, feita na própria obra com materiais reaproveitados. Nela colocamos terra e resíduos orgânicos que sobram das refeições dos colaboradores. Assim transformamos o lixo orgânico em adubo para usar na nossa horta”, ressaltou.

Para a gestora ambiental, esta é uma ação simples, que não demanda muito investimento, mas tem um impacto forte na conscientização dos trabalhadores. “Eles são os verdadeiros donos da horta. Podem usufruir de tudo que é produzido, podendo inclusive levar para casa, conscientizando também a família. Nossa intenção é envolvê-los com os cuidados que devem ter com seu próprio bem-estar e saúde, bem como com todas as práticas ambientais adotadas pela empresa dentro das obras”, disse. (Felipe André é estagiário do jornal O Hoje sob orientação do editor de Cidades Rhudy Crysthian) 

Pesquisa diz que cresce procura por alimentação saudável 

O cardápio do dia a dia dos brasileiros está mais colorido com verduras, legumes e frutas, alimentos considerados saudáveis. É o que aponta pesquisa, feita pelo Instituto Datafolha, para a Associação das Empresas e Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador (Assert).

O levantamento, produzido entre 14 e 22 de dezembro do ano passado e entre 6 e 16 de janeiro deste ano, abrangeu 51 cidades das quais 23 são capitais. Foram feitas 4.560 entrevistas com proprietários de estabelecimentos ou responsáveis por informações sobre preços. Os pesquisadores foram a restaurantes, bares, lanchonetes e padarias.

da metade dos consultados (56%) acredita que os clientes estão cada vez mais interessados no consumo de uma alimentação saudável. Do total entrevistado, 53% notaram aumento na procura por frutas; 61% observaram que os clientes estão comendo mais verduras e legumes e 65% observaram que cresceu o consumo de sucos naturais. Já a preferência pela combinação do arroz com feijão não houve alteração, segundo 58% dos consultados.

Preço da comida

Na apuração, foram coletadas informações sobre preços de 5.436 pratos. Segundo o estudo, o trabalhador que almoça fora de casa pagou em média, no começo do ano, R$ 30,48 por refeição. O valor é superior à média registrada em 2015 (R$ 27,36%) e corresponde a 76,2% da renda de um trabalhador que recebe salário mínimo.

Em duas das cinco regiões pesquisadas, foi constatado um custo por refeição acima da média, caso do sul do país (R$ 31,74) e do sudeste (R$ 30,93). A região com o menor valor é a centro-oeste, onde o trabalhador paga, em média, R$ 26,73. No norte do país, a refeição custa, em média, R$ 28,48 e, no nordeste, R$ 29,18.

No sudeste, entre as cidades do estado de São Paulo com a refeição mais cara figura Santos, no litoral, com R$ 34,83. O segundo maior valor foi constatado em Campinas (R$33,01). No Rio de Janeiro, aparece Niterói na frente (R$ 37,52) e, em Minas Gerais, Belo Horizonte (R$ 24,52).

Preço de Brasília

No centro-oeste, o maior desembolso ocorre em Brasília (R$ 28,10); no sul, em Blumenau (R$ 38,29); no nordeste, São Luis (R$ 35,57) e no Norte, em Palmas (R$ 28,79).

O estudo marca a comemoração dos 40 anos do Programa de Alimentação do Trabalhador (PAT), do Ministério do Trabalho e Previdência Social, que contempla cerca de 20 milhões de pessoas. Com base em dados do ministério, a Assert informou que, no ano passado, 19,5 milhões de trabalhadores foram beneficiados pelo programa de alimentação subsidiada. Desses, 16,2 milhões ou 83,2% têm renda mensal de até cinco salários mínimos.

O total de empresas engajadas no programa é de 223,4 mil. Já as empresas fornecedoras de alimentação somam 13,8 mil; as prestadoras de serviços em alimentação coletiva são 249 e o número de profissionais habilitados em nutrição vinculados ao programa é de 22,2 mil. (Agência Brasil) 

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