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domingo, 24 de novembro de 2024
Saúde

Bolsonaro reitera que decisão sobre médicos cubanos é humanitária

Entre as medidas, estão fazer o Revalida – prova que verifica conhecimentos específicos na área médica, receber integralmente o salário e poder trazer a família para o Brasil

Postado em 16 de novembro de 2018 por Lucas de Godoi
Bolsonaro reitera que decisão sobre médicos cubanos é humanitária
Entre as medidas

(Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil)

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, reiterou nesta sexta-feira
(16) que a decisão de impor novas exigências aos profissionais cubanos,
vinculados ao Programa Mais Médicos, tem razões humanitárias, para protegê-los
do que considera “trabalho escravo” e preservar os serviços prestados à
população brasileira. Ele garante que o programa não será suspenso.

Entre as medidas, estão fazer o Revalida – prova que
verifica conhecimentos específicos na área médica, receber integralmente o
salário e poder trazer a família para o Brasil. Cuba decidiu deixar o programa após as declarações de Bolsonaro. O
Ministério da Saúde  informou nesta sexta-feira que a
seleção dos brasileiros em substituição aos cubanos ocorrerá ainda este mês.

“Talvez a senhora seja mãe, já pensou em ficar longe dos
seus filhos por um ano?”, respondeu o presidente eleito à jornalista que
perguntou sobre a situação dos médicos cubanos. “É [essa] a situação de
escravidão que praticamente as médicas e os médicos cubanos [que participam do
programa Mais Médicos] estão sendo submetidos no Brasil”, disse em entrevista
após café da manhã com o comandante da Marinha, almirante
Eduardo Bacellar, no 1º Distrito Naval, no centro do Rio.

O presidente eleito afirmou ainda que o acordo de repasse de
parte dos salários dos médicos para o governo de Cuba contraria os direitos dos
profissionais. “Imaginou também confiscar 70% do salário?”

O rompimento do acordo com o governo cubano foi anunciado há
dois dias quando o Ministério de Saúde Pública de Cuba, quando informou que não
atenderia às exigências do governo eleito. Para Bolsonaro, é fundamental que os
profissionais cubanos passem pelo Revalida. “Nunca vi uma autoridade no Brasil
dizer que foi atendido por um médico cubano”, disse. “Será que nós
devemos destinar [esse atendimento] aos mais pobres sem qualquer garantia que
eles sejam razoáveis, no mínimo? Isso é injusto e desumano.”

O presidente eleito reiterou também que há “relatos de
verdadeiras barbaridades” por profissionais de Cuba. “O que temos ouvido de
muitos relatos são verdadeiras barbaridades. Queremos o salário integral e o
direito de trazer as famílias para cá. Isso é pedir muito? Está nas nossas
leis.”

Bolsonaro destacou que os profissionais cubanos que quiserem
pedir asilo político ao Brasil, quando ele estiver na Presidência da República,
será concedido.

Governadores

O presidente eleito disse ainda que vai se reunir com Paulo
Guedes, indicado para o Ministério da Economia, para analisar a carta dos governadores, que reúne 13 itens, incluindo
propostas e elencando prioridades. Ele afirmou que ainda não leu todo o
documento. (Agência Brasil)

 

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