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sexta-feira, 29 de novembro de 2024
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CORRUPÇÃO

Justiça do Japão pede prisão de brasileiro que dirigia a Nissan

A Promotoria de Justiça de Tóquio, no Japão, que determinou a prisão do franco-brasileiro Carlos Ghosn, o ex-CEO [executivo] da Nissan Motor, por maquiar dados sobre lucros, investiga novas suspeitas de irregularidades. Ghosn é suspeito de instruir diretamente um assessor, por e-mail, a pagar US$ 1,5 milhão para reformar sua casa, no Líbano. Há informações […]

Postado em 23 de novembro de 2018 por Sheyla Sousa
Justiça do Japão pede prisão de brasileiro que dirigia a Nissan

Carlos Ghosn é suspeito de receber propina de US$ 1,5 milhão para reformar sua casa

A Promotoria de Justiça de Tóquio, no Japão, que determinou a prisão do franco-brasileiro Carlos Ghosn, o ex-CEO [executivo] da Nissan Motor, por maquiar dados sobre lucros, investiga novas suspeitas de irregularidades.

Ghosn é suspeito de instruir diretamente um assessor, por e-mail, a pagar US$ 1,5 milhão para reformar sua casa, no Líbano.

Há informações de que Ghosn enviou um e-mail orientando um assessor para providenciar o pagamento para a casa do Líbano, levantando dúvidas sobre sua conduta como executivo.

De acordo com dados, ainda sob apuração, o imóvel foi comprado por US$ 9 milhões. Pelo menos R$ 6 milhões foram gastos nas reformas.

Ghosn nega que tenha transmitido orientações via e-mail ao diretor-representante da Nissan, Greg Kelly. Kelly está detido por seu envolvimento na alegada má- conduta financeira.

Há três dias, Ghosn foi preso sob a acusação de subestimar sua renda em 5 bilhões de ienes (o equivalente a US$ 44 milhões), nos relatórios de valores mobiliários.

Ghosn foi acusado de fazer a Nissan comprar residências de luxo para ele usando os fundos de investimento da empresa, inclusive no Rio de Janeiro, Brasil e Beirute, no Líbano.

Nissan demite empresário

O empresário franco-brasileiro  Carlos Ghosn, preso no Japão por suposta irregularidade na informação sobre lucros, foi demitido hoje do comando da Nissan. O conselho da montadora aprovou por unanimidade sua demissão.

Além de Ghosn, também foi exonerado o assessor da Nissan Greg Kelly, preso no Japão por envolvimento nas irregularidades do ex-chefe. A decisão só será formalizada quando houver os votos de todos os acionistas da empresa.

Ghosn que está detido sob custódia, em Tóquio, desde o dia 19, deve permanecer por mais dez dias na situação. Os promotores de Justiça alegam que ele subestimou metade dos US$ 90 milhões de dólares que ganhou ao longo de um período de 5 anos.

Ghosn liderou a montadora por cerca de 20 anos e supervisionou a aliança da Nissan com a montadora francesa Renault e a japonesa Mitsubishi Motors. (Agência Brasil)

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