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sábado, 6 de dezembro de 2025
Fiscalização

Goiás cria comissões para fiscalizar materiais escolares

Projeto do deputado Francisco Júnior prevê criação de comissões em escolas para avaliar material didáticos e brinquedos

Sheyla Sousapor Sheyla Sousa em 10 de dezembro de 2018
Goiás cria comissões para fiscalizar materiais escolares
Projeto do deputado Francisco Júnior prevê criação de comissões em escolas para avaliar material didáticos e brinquedos

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O Estado de Goiás e seus municípios poderão ser obrigados a criar comissões, para fiscalizar e avaliar a conformidade de materiais didáticos, livros, mochilas e brinquedos, adquiridos com recursos públicos, com a finalidade de doação a crianças.

O projeto, de autoria do deputado Francisco Júnior (PSD), tramita na Assembleia Legislativa e deve ser apreciado em votação definitiva nesta terça-feira.

Pelo artigo 2º do projeto, as comissões deverão ser formadas por membros indicados pelo gestor público, respeitando-se a paridade entre membros representantes da administração pública e sociedade civil. Elas deverão ser instituídas no início de cada ano para planejamento das ações sociais que envolvam doações previstas no caput do artigo 1°, com mandato de 02 (dois) anos podendo ser reconduzido uma vez. Ninguém será remuneração.

O trabalho de fiscalização terá de considerar, também, a conformidade com as normas do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (INMETRO), observando à faixa etária e desenvolvimento cognitivo recomendados para cada produto, além do estabelecido no Plano nacional de Educação.

O gestor poderá ser multado, caso os produtos descritos na proposta, assim como outros que tenham a mesma finalidade, quando não analisados pela Comissão violarem normas preestabelecidas.

O parlamentar destaca a importância de ressaltar que a infância é um período fundamental para o desenvolvimento de um indivíduo, sua formação intelectual e pessoal é baseada em sua maioria nos exemplos, e no que aprendem e vivenciam em determinadas situações. Acelerar e pressionar direta ou indiretamente o processo de desenvolvimento da criança pode suscitar adultos com dificuldades, inseguranças, frustrações e conflitos.

Francisco Júnior cita em sua justificativa a pedagoga Suelí Periotto, doutoranda em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), que escreve sobre a matéria em questão. “Não convém que nossas crianças e jovens fiquem expostos a algumas programações que apelam mesmo, envolvem-se em uma erotização precoce.

Ele diz ver a mídia e redes sociais como muito fortes, daí o cuidado que o assunto requer. ”É primordial deixar as crianças viverem a infância na sua totalidade, cada coisa em seu tempo, respeitando cada fase, cada ritmo, cada desenvolvimento, cada evolução”, diz.

Júnior entende que a criação destas comissões será de grande relevância, vez que ao fiscalizar, avaliar e analisar os produtos adquiridos com recursos públicos, com a finalidade de doação a crianças, será observada à faixa etária e desenvolvimento cognitivo recomendados para cada produto, evitando a aceleração normal de cada fase da vida. 

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