Eduardo Bolsonaro causa polêmica ao citar Paulo Freire em postagem na internet
Na sua conta oficial do Twitter, o deputado afirmou que escolas públicas só cantam ‘músicas pornográficas’ e viraram ‘terra de Paulo Freire’
Da Redação
O deputado federal resolveu se pronunciar a cerca da polêmica envolvendo a carta do ministério da educação às escolas, a qual sugere que todas as instituições de ensino cantem o hino nacional antes do início das aulas. O filho do presidente postou em sua conta oficial no twitter um texto que acabou gerando polêmica por citar o pedagogo Paulo Freire: “Maioria das pessoas q nasceram nos anos 80 tiveram pais q estudaram em escolas públicas, tempos em que professor não era agredido, cantava-se o hino nacional e não música pornográfica. Hj quem pode bota o filho na particular, pq maioria das públicas viraram terra de Paulo Freire.”
O tuíte gerou tanta repercussão que “Paulo Freire” foi parar nos assuntos mais comentados da rede social. Muitos saíram em defesa de Eduardo e concordaram com o seu posicionamento, já outros demonstraram sua indignação diante da forma que ele citou o educador.
Paulo Reglus Neves Freire era nordestino, nascido em Recife, e foi um educador, pedagogo e sociólogo. É um grande nome em âmbito mundial e o mais citado em trabalhos acadêmicos da área em que atuava no mundo inteiro.
A repercussão veio devido a direita considerar que Freire tinha uma vertente esquerda em seus trabalhos e que foram suas teorias de ensino que implantou a educação marxista nas escolas brasileiras “Dizer que a culpa de tocar funk nas escolas é de Paulo Freire, não é de toda incorreta, dado que o mesmo em sua pedagogia do oprimido e também a da autonomia, dentre outras obras do mesmo, colaboraram para a degradação da educação brasileira.” publicou um dos defensores do tuíte de Eduardo.
Já os que não concordam com o deputado, afirmam que não há aplicação do método Paulo Freire em escolas públicas e que não teria sentido o que Eduardo escreveu “O mais interessante é que o método Paulo Freire quase não é usado em escolas públicas do ensinos fundamental e médio. Mas em escolas particulares de renome o método do educador brasileiro é usado.” tuitou uma das contas contrárias a postagem. Uma matéria da Folha de São Paulo, publicada em 6 de janeiro deste ano, voltou a tona nesta terça-feira também por afirmar que escolas de elite tem como pilar as obras de Paulo Freire