A importância da natação para o desenvolvimento dos bebês
Além de ajudar no avanço físico e motor dos pequenos, a prática previne algumas doenças respiratórias
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Sabrina Moura*
Alguns pais demonstram receio quando o assunto é colocar os bebês para praticar natação. Porém as aulas fazem bem aos pequenos e são essenciais para o seu desenvolvimento. A prática contribui na melhora da coordenação motora, no desenvolvimento motor, na qualidade do sono, na prevenção de algumas doenças respiratórias e no crescimento saudável – tanto mental como físico.
Segundo a professora de Educação Física, Thainara Santos, atuante na área aquática com bebê/infantil, esse ‘medo’ de colocar os filhos tão novos na natação é um ‘pouco de senso comum’. “Muitas pessoas pensam: ‘Vou colocar o meu filho com 6 meses na natação para quê?’. Geralmente os pais preferem esperar os 6 anos de idade. O que muitos não sabem é que a prática da natação, logo cedo, é algo indicado por pediatras, sendo um benefício, por exemplo, para bebês que possuem algum problema respiratório pelo fato de ela dilatar o pulmão da criança”, conta ela.
A natação é recomendada a partir dos 6 meses de vida, quando as principais vacinas já foram tomadas e o ouvido do neném já está formado, evitando, assim, que o contato com a água possa causar algum dano ao sistema auditivo, que é bastante sensível. A professora Thainara sugere que os pais estimulem essas atividades, favoráveis à saúde dos bebês. “A prática desse esporte é um benefício como um todo para desenvolvimento do bebê. A natação não é só aprender a nadar. Os profissionais utilizam uma série de metodologias por meio das quais o bebê vai adquirir força, independência, coordenação motora, equilíbrio, a questão da sobrevivência aquática, dentre outros benefícios. Os pequenos relaxam, ganham apetite e dormem melhor”, detalha a profissional.
Os bebês são adaptados ao meio líquido desde a barriga da mãe, na placenta, e isso contribui para seu aprendizado na piscina. Mas a professora afirma que existem alguns cuidados a serem tomados durante o contato aquático. “Não deixar engolir água, orientar os pais de como segurar os bebês e não mergulhá-los de qualquer jeito. A natação salva vidas. É um investimento que os pais fazem. Além de aprender a nadar, é um seguro de vida. A prática para o bebê de 6 meses a 3 anos de idade vem para prevenir”, conta Thainara.
A profissional ainda lembra que as aulas devem ser feitas sob o acompanhamento de profissionais altamente capacitados para supervisionar as atividades e favorecer o prazer dos nenéns: “Seu filho é o seu tesouro, e esse profissional deve estar preparado. Não é só ensinar; é necessário ter um contato global com a criança, tendo amor, cuidado e todo um jeitinho. A orientação é pesquisar a qualidade, fazer aulas experimentais e ver como é a metodologia do profissional. Muitas pessoas não possuem a devida formação ou a licença para trabalhar”.
Thainara também revela que existem comparativos dentre as crianças que foram criadas na natação e as que não. “Essas crianças são mais ‘ágeis e espertas’. Uma criança crescida no meio aquático pratica um esporte completo que traz muitos benefícios até a fase adulta”, finaliza a profissional.
*Integrante do programa de estágio do jornal O HOJE sob orientação da editora Flávia Popov