Piloto do helicóptero que caiu e matou 3 pessoas em Buriti Alegre estava alcoolizado, diz polícia
A perícia constatou que embriaguez do piloto e voo proibido causaram a queda da aeronave no Lago das Brisas, em agosto deste ano – Foto: divulgação/CBM-GO
Nielton Soares
Piloto embriagado e voo proibido foram as duas causas apresentadas pela Polícia Civil, nesta quarta-feira (16), acerca do acidente com o helicóptero que vitimou três pessoas quando caiu no Lago das Brisas, em Buriti Alegre, região Sul de Goiás.
No acidente, que aconteceu na noite do dia 24 de agosto, morreram o piloto, Ricardo Magalhães Barros, a servidora pública Miriam Carolina Fontana e a advogada Mickaelly Damasceno. A quarta ocupante, de 24 anos, não teve o nome divulgado, sobreviveu à queda do helicóptero.
O delegado Ricardo Chueire disse que o inquérito concluiu também que o voo não era permitido para as condições do local e horário, mesmo para um piloto Ricardo, considerado como excelente e muito hábil, mas que desconsiderou as regras de voo. Além disso, com efeito de álcool, conforme constataram os laudos periciais.
Testemunha que conhecia o piloto, um bombeiro militar revelou à polícia que horas antes do voo viu Ricardo consumindo bebidas alcoólicas, durante o dia. Mas, não conseguiu impedí-lo de realizar a manobra com o veículo.
Desorientação
Somado ao fato da embriaguez, o delegado contou ainda que devido ao local e ao horário da realização do voo, o piloto passou por “desorientação espacial”, isso pelas condições visuais noturnas.
O helicóptero, modelo PR-APN, tinha autorização para voos noturnos, porém seria necessário observar as circunstâncias e condições do local. E, as condições do próprio piloto, que nesse caso realizou manobras arriscadas com a aeronave, horas antes de cair.