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domingo, 24 de novembro de 2024
'Músculos do Prazer'

Salto alto pode melhorar vida sexual de mulheres, aponta estudo

O estudo demonstrou que usar salto pode provocar o relaxamento da musculatura pélvica, levando a uma contração melhor daquela área – Foto: Divulgação

Postado em 24 de outubro de 2019 por Leandro de Castro Oliveira
Salto alto pode melhorar vida sexual de mulheres
O estudo demonstrou que usar salto pode provocar o relaxamento da musculatura pélvica

Leandro de Castro

De acordo com uma pesquisa realizada por uma cientista italiana, usar sapato com salto de até 7 cm pode auxiliar no fortalecimento dos músculos da região pélvica relacionados ao orgasmo. Maria Cerruto, urologista da Universidade de Verona, examinou durante dois anos 66 mulheres com menos de 50 anos e que ainda não estavam na menopausa para entender a relação entre as diferentes partes do corpo e a região da pélvis.

A pesquisadora constatou que, ao colocar as mulheres em um plano inclinado oscilante, que simulava o uso do sapato de salto alto e variava o grau de inclinação, surgiam diferentes tipos de reflexo na região pélvica. O estudo demonstrou que usar salto pode provocar o relaxamento da musculatura pélvica, levando a uma contração melhor daquela área.

“Da mesma forma que há ligação entre uma alteração da mandíbula e a postura, do ponto de vista urológico uma diferente posição do tornozelo pode influenciar a atitude do pavimento pélvico”, explicou Cerruto em entrevista à BBC Brasil. 

Os músculos desta região são conhecidos também como os “músculos do prazer” porque estão diretamente envolvidos no orgasmo.

Altura

Segundo a pesquisa, publicada na revista especializada inglesa “European Urology”, o efeito positivo não é maior se o salto for mais alto, é preciso considerar a relação entre o tamanho do pé e a altura do sapato.

“O salto não deve ser superior a 7 cm, isto é, deve haver uma inclinação da articulação de cerca 10º ou 15º, porque é preciso que o paciente esteja confortável. Um salto de cerca de 4 cm ou 5 cm seria o ideal, encontrando um meio-termo entre o bem-estar do pavimento pélvico e o do paciente como um todo”, explica Maria Cerruto.

“Até agora avaliamos especificamente a esfera sexual, mas sabemos que o uso do salto pode ter efeitos nesta área [da pélvis], com implicações em tudo que se relaciona com a funcionalidade pélvica, como dor, prazer, orgasmo. Seguramente influencia, mas não sabemos ainda exatamente em que termos”, afirmou a urologista.

Segundo a estudiosa, as mulheres não têm facilidade para fazer exercícios específicos e estimular esta área do corpo. A seu ver, o uso do salto poderia ser uma solução. 

 

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