Gestões anteriores acumularam quase R$ 1 bilhão em empréstimos em Goiânia
Quase R$ 50 milhões foram contratados em ano eleitoral nas gestões de Paulo Garcia (PT) e Iris Rezende (MDB)
De 2014 a 2020, o município de Goiânia acumulou mais de R$ 833,8 milhões em empréstimos realizados com diversas instituições financeiras, para a realização de obras diversas. Do total, cerca de R$ 50 milhões foram transacionados em anos eleitorais, R$ 24,89 milhões contratados em setembro de 2012, na gestão de Paulo Garcia (PT); e R$ 25 milhões, em abril de 2020, na gestão de Iris Rezende (MDB).
A gestão de Iris Rezende foi a que mais contraiu valores de transações com instituições financeiras, totalizando R$ 582,3 milhões, de 2017 a 2020. A soma só não é maior porque o empréstimo de R$ 780 milhões, feito em novembro de 2019, teve parte devolvida pela gestão de Rogério Cruz. Na época, o município chegou a receber R$ 442,3 milhões. No entanto, em junho de 2021, após uma análise de controle das contas públicas, e primando pela regularidade fiscal, a gestão do prefeito Rogério Cruz (SD) decidiu pela desistência de R$ 337,6 milhões, diante da perspectiva de aumento de taxas e juros.
Antecessor de Iris, Paulo Garcia (PT) contratou mais de R$ 251,5 milhões, entre 2010 e 2016. Foram cinco contratos realizados. Durante o período eleitoral de 2012, a gestão de Paulo chegou a pleitear uma transação com a Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 62 milhões. No entanto, o valor repactuado chegou a R$ 24,8 milhões. O valor mais vultuoso foi de R$ 140 milhões, contratado em 2014. No mesmo ano, foram realizadas outras três transações de R$ 24,4 milhões, R$ 31,6 milhões e R$ 30,58 milhões.
Boa parte desses valores foram quitados na gestão de Rogério, já que o período médio de contratação é de 20 anos, e diversos contratos possuem amortizações previstas para serem feitas até 2040. Ainda assim, o prefeito Rogério conseguiu manter a regularidade fiscal do município, reduzindo os índices de endividamento e atingindo a nota “A” da CAPAG, a mais alta do indicador de Capacidade de Pagamento (CAPAG) do município, apurada pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN).
Reflexo disso é a Dívida Consolidada Líquida (DCL) de Goiânia que, em 2021, primeiro ano da gestão do prefeito Rogério, era de R$ 405,7 milhões, ficou negativa nos anos de 2022 (R$ 213 milhões negativos) e 2023 (R$ 99,6 milhões negativos).
A gestão orçamentária-financeira que permitiu à Goiânia quitar os empréstimos acumulados por outras gestões sem deixar de realizar os investimentos necessários para atender Goiânia. De 2021 a 2024, o município investiu mais de R$ 544,6 milhões de recursos próprios, em ações diversas, como recapeamento asfáltico, reforma e construção de unidades de ensino e de saúde, praças, parques, iluminação e modernização da gestão.
Essa sistematização do trabalho pode ser vista nos números alcançados pelo município: enquanto em 2020, Goiânia teve investimentos de apenas R$ 29 milhões. Em 2021, passou para R$ 68,9 milhões, crescendo a cada ano. Em 2022 foram R$ 112,4 milhões totalizados. Em 2023 a cifra de investimentos passou para R$ 182,6 milhões. Já em 2024 até agosto deste ano foram investidos R$ 180,6 milhões.
A expectativa do município é que, agora, com o empréstimo autorizado pela STN, as obras de infraestrutura acelerem ainda mais, assim como as ações para modernizar a gestão municipal e melhorar a qualidade de vida dos goianienses.