Poupança registra maior retirada líquida da história em janeiro
Os brasileiros fizeram mais saques do que depósitos, a diferença foi superado em R$ 12,36 bilhões – Foto: Reprodução.
Da Redação*
Os saques da poupança alcançaram os R$ 12,36 bilhões a mais do que os depósitos registrados no mês de janeiro, informou o Banco Central (BC), nesta quinta-feira (6). Os baixos rendimentos devido à queda dos juros é aponto como principal causa.
Essa está sendo a maior retirada mensal líquida da história desde o início da série iniciada em 1995. O recorde anterior tinha sido registrado em janeiro de 2016, quando a retirada líquida somou R$ 12,03 bilhões.
O primeiro mês do ano é tradicionalmente considerado como de retirada de recursos, devido a população usar parte das reservas financeiras para cobrir gastos de início de ano, como impostos, material escolar e quitar as compras de Natal.
Até 2014, os brasileiros depositavam mais do que retiravam da poupança. Naquele ano, as captações líquidas chegaram a R$ 24 bilhões. Com o início da recessão econômica, em 2015, os investidores passaram a retirar dinheiro da caderneta para cobrir dívidas, em um cenário de queda da renda e de aumento de desemprego.
Recordes anuais
Já em 2015, foram sacados da poupança a quantia de R$ 53,57 bilhões, a maior retirada líquida da história para um ano. Em 2016, os saques superaram os depósitos em R$ 40,7 bilhões. A tendência inverteu-se em 2017, quando as captações excederam as retiradas em R$ 17,12 bilhões, e em 2018, com captação líquida de R$ 38,26 bilhões. Em 2019, a poupança registrou captação líquida de R$ 13,23 bilhões. (Com informações da Agência Brasil)