Março tem menor inflação desde 1994, mas preços de alimentos sobem
As principais disparadas de preços são dos produtos consumidos em casa, indica IBGE – Foto: Reprodução.
Nielton Soares
O mês de março registrou a menor inflação desde a criação do Plano Real, em julho de 1994, por outro lado, os itens consumidos em casa, como ovo, tomate, batata, cebola, cenoura e gás de cozinha dispararam.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), taxa oficial de inflação no país, variou 0,07% no mês passado, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE). Já a taxa somou 0,53% no primeiro trimestre, nos 12 meses, está acumulada em 3,30%. Os últimos dados foram feitos sem coleta presencial.
Três dos nove grupos que compõem o IPCA tiveram deflação. Mas um dos grupo de maior peso, Alimentação e Bebidas aumentaram 1,13%. O provável é que há maior consumo nas casas, com alimentação no domicílio, passando de 0,06%, em fevereiro, para 1,40%. A alimentação fora foi de 0,22% para 0,51% – o lanche subiu 1,90%, em média, e a refeição caiu 0,10%.
As disparadas de preços estão: ovo de galinha (4,67%), batata inglesa (8,16%), tomate (15,74%), cebola (20,31%) e cenoura (20,39%). A carne obteve terceira queda seguida, passado de -3,53% para -0,30%, menos intensa em relação ao mês de fevereiro.
Impactos
O grupo que impactou foi a alta em março da Educação de 0,59%, representando 0,04 ponto. A principal influência, novamente, veio dos cursos regulares, com aumento de 0,74%. Habitação, com queda de 0,39% em fevereiro, aumentou para 0,13%. Gás de botijão teve alta de 0,60% e o da energia elétrica, 0,12%. Esse item variou de -6,67% (Goiânia) a 4,21% (Rio de Janeiro).