Justiça do Trabalho registra 7,7 mil ações recebidas desde o início da pandemia
Levantamento refere-se ao período entre janeiro e maio. A cobrança de verbas rescisórias é responsável pela principal demanda – Foto: Divulgação
Marcella Vitória
Desde o início da pandemia no país, a Justiça do Trabalho recebeu mais de 7,7 mil ações trabalhistas. O levantamento foi realizado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST) e refere-se ao período entre janeiro e maio, incluindo todas as varas e tribunais do Brasil.
As principais demandas que foram ajuizadas pelos trabalhadores na primeira instância, porta de entrada da Justiça trabalhista, tratam-se da cobrança de verbas rescisórias, que não foram pagas ao empregador equivale a 22,9% (1,5 mil) do total de processos. Devido ao isolamento social, muitas empresas fizeram demissões, pois não conseguiram manter o quadro de funcionários.
Representando 12,58% das ações, está as ações para liberação do saque do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Os empregados dos setores da indústria, serviços, turismo, alimentação e comunicações foram responsáveis pela maioria das ações.
A procura pela Justiça do Trabalho foi registrada em menor número no fim de janeiro e em fevereiro, mas aumentou a partir de março, quando entraram em vigor as medidas restritivas de fechamento do comércio e da indústria em diversos municípios. Os estados que mais registraram novas ações foram Santa Catarina (1.486), Pernambuco (1.025), Rio Grande do Sul (824), Ceará (465) e Minas Gerais (448).
De acordo com o TST, mesmo com restrições ao atendimento presencial, a Justiça do Trabalho está realizando julgamentos por meio de videoconferência, com a participação dos advogados.