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quinta-feira, 26 de dezembro de 2024
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CRISE NO GOVERNO

Governo Lula 3 enfrenta sua quinta baixa ministerial

Gonçalves Dias, Daniela Carneiro e Ana Moser foram exonerados antes de 2024; Flávio Dino trocou o Ministério da Justiça pelo STF.

Postado em 6 de setembro de 2024 por Vinicius Lima
governo
A saída de mais um ministro marca o quinto episódio de troca no governo Lula desde o início do terceiro mandato | Foto: Reprodução

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sofreu mais uma baixa com a demissão de Silvio Almeida, ex-ministro dos Direitos Humanos, após denúncias de assédio sexual. Almeida é o quinto ministro a sair desde o início deste terceiro mandato de Lula. Anteriormente, Gonçalves Dias, Ana Moser e Daniela Carneiro foram exonerados em 2023, enquanto Flávio Dino deixou seu cargo no início de 2024 para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

O governo ainda não definiu quem assumirá a pasta dos Direitos Humanos, mas, temporariamente, a secretária-executiva Rita Cristina de Oliveira ficará à frente do ministério.

Saídas anteriores no governo Lula

Lula exonerou Gonçalves Dias do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) e o substituiu por Marcos Amaro, após as polêmicas das invasões ao Planalto em 8 de janeiro. Já em julho de 2023, o presidente retirou Daniela Carneiro do Ministério do Turismo. A troca foi uma demanda do União Brasil, que pressionava o governo pela nomeação de Celso Sabino, que acabou assumindo a pasta. Apesar de ter sido uma escolha pessoal de Lula, Daniela perdeu o apoio da bancada de seu partido.

Em setembro de 2023, Lula exonerou Ana Moser, que liderava o Ministério do Esporte, em uma manobra para fortalecer sua base no Congresso. Moser foi substituída por André Fufuca, deputado do PP-MA, com forte ligação ao Centrão. Na ocasião, Ana Moser lamentou a condução da política no Brasil ao deixar o governo.

Flávio Dino e a vaga no STF

Lula indicou Flávio Dino, então ministro da Justiça, para ocupar a vaga de Rosa Weber no STF em novembro de 2023. Dino permaneceu no ministério até o fim de janeiro de 2024, quando Lula o substituiu por Ricardo Lewandowski, ex-ministro do Supremo. A saída de Dino consolidou sua transição para o STF, após aprovação pelo Senado.

Essas mudanças refletem as estratégias de Lula para manter sua base de apoio e navegar pelos desafios políticos no Congresso.

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