Cantor Matheus Gabriel chega à Goiânia para gravação de novo projeto com produtor Dudu Oliveira
Novo projeto de Matheus Gabriel conta a assinatura do produtor da dupla Zé Neto & Cristiano
Elysia Cardoso
O cantor sertanejo rio-pretense Matheus Gabriel se prepara
para soltar a voz em um EP com 7 músicas inéditas. Após lançar o single ‘Bom
Negócio’, o artista se junta com o produtor musical Dudu Oliveira, para começar
nesta de semana o projeto que será concluído até o final deste ano. Com 24 anos
de idade, o sertanejo se diz otimista com o novo trabalho e já adianta em
entrevista alguns detalhes sobre o processo de pré-produção.
Ao Essência, Matheus que é
apadrinhado pela dupla Zé Neto & Cristiano, fala sobre as expectativas
relacionadas a parceria musical com Dudu. “A gente optou em trabalhar com o
Dudu, pelo fato dele estar trabalhando com o Zé Neto e ser lá da minha cidade também”,
cita. O cantor adianta que: “um dos focos desse trabalho é obter uma aceitação
bem legal no mercado e um alcance ‘massa’ nas redes sociais e mídias digitais.
Estamos bem focados com o projeto, tenho certeza que trará bons frutos para a gente”,
comenta.
Com o foco de expandir seu
talento por meio das redes sociais, Matheus afirma que o contato que a internet
proporciona rompe barreiras e o aproxima de seu público. “Como estamos sem ideia
de quando irá retornar os eventos, com certeza a internet foi que ajudou muito
nós artistas a nos aproximar do nosso público”. Com quase 15 mil seguidores no
Instagram, o jovem se reinventou e também atua como digital influencer.
Para Matheus a saudade dos palcos
é gritante, e com as lives foi possível amenizar um pouco a saudade. “Já são
mais de sete meses que a gente não canta. Conseguimos matar um pouquinho da
saudade fazendo lives, porém não tem aquele calor de show e da galera que nos
contagia. Não vejo a hora de voltar tudo ao normal e os shows estarem de volta para
gente estar levando alegria para a galera”, declara o cantor ansioso para retomar
aos palcos, agora com novas canções a caminho.
Momento de semear
Antes do lançamento, Gabriel
segue com muito estudo e estratégias, e inclusive se dedica a uma consultoria
criativa para o projeto. “Já temos uma direção, estamos em estúdio estudando
muito a maneira que a gente vai estar levando o nosso projeto. No decorrer dos
meses vamos estar divulgando um pouco sobre como vai ser. Enquanto a gente não
fala, vou pedindo para o pessoal nos seguir nas redes sociais e acompanhar a
caminhada desse meu projeto que quando for lançado, tenho certeza que irá
surpreender todo mundo”.
Hoje, além de cantor, Matheus
também é compositor e afirma que nesse EP o público irá conhecer mais de suas composições. “Provavelmente vai ter composição minha sim, mas estamos fazendo audições. Até
o final do mês vamos estar conhecendo trabalhos de outros compositores. Se
tiver algum compositor querendo enviar músicas essa é a hora! A gente vai estar
escutando com muito carinho”, diz. Para os compositores interessados em
contribuir com o projeto, devem entrar em contato pelo email:
(contato@duduoliveira.net).
O início de tudo
A música entrou muito cedo na
vida de Matheus Gabriel, aos 5 anos. “Minha família é toda do sítio, meu avô já
teve uma dupla sertaneja há muitos anos atrás. Meu tio também cantava, porém
nenhum deles seguiu com a carreira, por conta de todas as dificuldades”, conta
ele, que faz questão de sempre lembrar como tudo começou. “Quando ia para o
sítio dos meus avôs, em Suzanápolis, enquanto meus primos todos estavam
brincando, eu estava com o violão do meu avô, e ele sempre dizia: esse menino tem
o dom para a música. Foi ai que ele me deu um violão de presente e tudo
começou”, conta o cantor.
Após ganhar um violão, Matheus
começou a fazer aulas com o professor Maycon Moreira e aos 7 anos de idade, quando
entrou para a catequese, na igreja, já foi chamado para cantar no coral de
Nossa Senhora Aparecida. “Lá eu me destaquei e continuei cantando até os 12
anos”, lembra o sertanejo.
Matheus comenta que sempre quis
ser cantor, mas que para ele isso era algo muito distante e que só começou a
ver possibilidades nessa carreira, aos 18 anos, quando fez ‘Tiro de Guerra’.
“Para mim o sonho de ser cantor era impossível, meu pai sempre trabalhou muito
e me ensinou a trabalhar desde cedo, comecei muito novinho, trabalhando como
ourives. Ai quando fiz ‘Tiro de Guerra’, em uma das guardas, um amigo me
escutou cantando na guarita, achou que eu cantava muito bem, e me convidou para
participar de um show dele que seria naquela noite, no 360 Bar, e eu fui.
Cantei três músicas e de lá pra cá não parei mais e as coisas foram acontecendo”,
explica.
O também compositor relembra a
primeira pessoa que o abriu as portas para analisar seu trabalho. “Cantei dos 18
aos 22 anos só em barzinhos, fazendo voz e violão. Foi ai que decidi pegar um
ônibus e ir para Goiânia tentar a sorte. Chegando lá fui batendo de porta em
porta em todos os estúdios, mesmo sem conhecer ninguém. E todo mundo fechou as
portas para mim, até que cheguei no estúdio do Blener Maycon, que foi o
produtor do Cristiano Araújo e hoje é do Felipe Araújo, e ele foi super
atencioso comigo, gostou demais da minha atitude de ter ido atrás dos meus sonhos
e começou a me explicar bastante coisa, sobre como eu deveria prosseguir e a
maneira correta de trabalhar nesta área”, conta.
Depois de um ponta pé inicial que
teve em Goiânia, Gabriel voltou para Rio Preto, procurou Felipe Xavier para ser
seu empresário e começou a galgar novos horizontes, até chegar ao produtor Dudu
Oliveira, com quem vai trabalhar neste projeto atual. (Especial para O Hoje)