Juiz nega pedido de revogação de prisão do médico que atirou na namorada
O médico agrediu e atirou em sua namorada no estacionamento de um hospital particular, no Setor Bueno. – Foto: Reprodução
Ana Julia Borba
Nessa segunda-feira (05), o juiz Jesseir Coelho de Alcântra,
da 3 º Vara dos Crimes Dolorosos Contra a Vida negou o pedido de revogação de prisão preventiva ao cirurgião plástico Márcio
Antônio Barreto Rocha. O médico foi preso após ter agredido e atirado em
sua namorada no estacionamento de um hospital particular, no Setor Bueno.
“É incontestável que, apesar dos
problemas alegados, o requerente exercia plenamente a profissão de médico e
possuía capacidade para realizar seus afazeres e lidar com a sua vida
profissional, até porque, como disse a defesa, Márcio faz uso de remédios
controlados, a partir do que se acredita que, em que se pese a alegada doença
psíquica, consegue viver e desenvolver suas funções normalmente, indicando
possuir discernimento sobre suas ações. Ora, se o requerente pode medicar seus
pacientes usando remédio controlado, agora requer liberação alegando surto
psíquico. Incoerente”, frisou o magistrado.
O juiz disse ainda que o decreto
prisional deve ser mantido, pois não foram apresentados argumentos relevantes aptos a alterar a decisão do magistrado. “Tendo em vista todo o aduzido e que o requerente ainda não foi submetido a exame pericial de insanidade mental para que, caso preenchesse os requisitos, fosse submetido à internação. Por conseguinte, perduram os fundamentos da sua decretação, quais sejam, a garantia da ordem pública e a conveniência da instrução criminal”, destacou.