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domingo, 24 de novembro de 2024
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Pequenos negócios com dívidas em dia tem melhor acesso a crédito

Segundo FGV e Sebrae, mesmo durante a pandemia, Instituições Financeiras não mudaram a avaliação de ceder crédito | Foto: Reprodução.

Postado em 8 de outubro de 2020 por Nielton Soares
Pequenos negócios com dívidas em dia tem melhor acesso a crédito
Segundo FGV e Sebrae

Douglas Rocha

Uma pesquisa realizada pela
Fundação Getúlio Vargas(FGV) e pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e
Pequenas Empresas(Sebrae), apontou que os empreendedores que têm suas dívidas
pagas em dia, tiveram maior índice de aprovação de crédito nas instituições
financeiras.

A verificação dos dados foi feita
na última semana de agosto, de 7,5 mil donos de micro e pequenas empresas em
todos os estados do Brasil, indicou que os empreendedores com dívidas pagas em
dia representam os que mais fizeram pedidos de empréstimo desde a pandemia do novo
Coronavírus no Brasil: 68%.

Entre as empresas que não tem
débitos a situação é diferente, 77% não recorram a empréstimos. Porém, dentre os
estabelecimentos com dívidas em atraso, 61% buscam adquirir um empréstimo. O
resultado mostra que as micro e pequenas empresas que tem os débitos sendo
pagos em dia, tiveram mais sucesso da obtenção do empréstimo: 41% tiveram a
solicitação aprovada.

Já os pequenos negócios sem
dívidas, não tiveram o mesmo sucesso no pedido de empréstimo nas instituições
bancárias. Apenas 4% conseguiram ter a solicitação atendida. A pesquisa
apresentou uma confirmação após análises feitas pelo Sebrae a partir de dados
do Banco Central.

O presidente do Sebrae Carlos
Malles afirmou que as instituições financeiras estão dando preferência as micro
e pequenas empresas na qual já tinha uma relação antes da crise causada pela a
pandemia da Covid-19. “No segundo trimestre de 2020, o período mais grave da
pandemia, somente 20% de todo o crédito concedido para empresas no país foi
para os pequenos negócios. Os dados confirmam também que as instituições
financeiras mantêm inalterados os seus procedimentos de avaliação de risco e
seleção de clientes.”

Carlos considera que as
Instituições Financeiras, mesmo com a crise não alterou o modo de avaliação de
risco e seleção dos clientes. Ele ressalta que durante a pandemia, o acesso a
linhas de crédito ficou ainda mais difícil. Principalmente a empresários que
não tinham um histórico de relacionamento e de crédito pré-aprovado antes da
crise de saúde pública, para fazerem novas operações ou renovar os atuais.

A pesquisa também mostra que as
empresas com dívidas em atraso, são o maior grupo de pequenos negócios que tiveram
queda no faturamento mensal, 89% delas teve perca em sua renda gerada
mensalmente. Já as micro e pequenas empresas com a dívidas em dia, 73%
registraram perdas na receita. 69% dos negócios sem dívidas obtiveram queda em
arrecadação mensal.

Outro dado que a pesquisa apontou
é sobre contratações. Nos últimos 30 dias, as empresas que tem dívidas pagas em
dia realizam 12% de recrutamento. Já os negócios com débitos em atraso
atingiram a marca de 5% e foram 8% das empresas sem dívida que trouxeram novas
pessoas para o seu estabelecimento.

Alternativa de vendas

Além disso, o levantamento apresentado
mostrou outro dado interessante. As empresas que estão com a dívida em dia, 70%
delas utilizam as redes sociais como um instrumento de venda. Assim, entre os
estabelecimentos que não tem dívidas, 63% utilizam essa ferramenta. Já os negócios
com débitos em atraso, 67% usam as redes sociais como uma forma de conseguir
mais vendas.

Segundo o Sebrae, o Brasil tem
aproximadamente 17 milhões de micro e pequenos negócios. Isso representa 99% das
micro e empresas contribui 30% do Produto Interno Bruto(PIB) do país. Assim,
55% dos empregos formais são gerados por elas.

Conforme o Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística(IBGE), o PIB do Brasil chegou a R$ 7,3 trilhões em
2019 (avaliado por ano). No segundo trimestre de 2020, o país chegou a R$ 1,7
trilhões. Já o Produto Interno Bruto (PIB) per capita da União teve a última
atualização em 2017, resultou em R$
31.833,50.

Em Goiás, segundo o IBGE, o PIB do estado é de R$ 191.899 milhões de
acordo com os últimos dados que foram apresentados em 2017. Segundo o Instituto
Mauro Borges, o PIB do 2º semestre prevê queda de 2.4%, influenciada pelos
setores de Indústria e Serviços na qual passam por recessão desde do início da
pandemia do novo Coronavírus no Brasil. (Especial para O Hoje)

 

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