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domingo, 24 de novembro de 2024
Produção

Conab prevê produção recorde de grãos na safra brasileiro de 2020/21

O volume é 4,2% maior do que o recorde anterior registrado | Foto: Reprodução.

Postado em 8 de outubro de 2020 por Nielton Soares
Conab prevê produção recorde de grãos na safra brasileiro de 2020/21
O volume é 4

Com 268,7 milhões de toneladas, o Brasil deve ter uma
produção recorde de grãos na safra 2020/21. O volume, divulgado pela Companhia
Nacional de Abastecimento (Conab), é 4,2% maior do que o recorde anterior,
alcançado na safra 2019/2020, quando foram produzidas 257,7 milhões de
toneladas.

A Conab estima também um crescimento de 1,3% na área
cultivada. A expectativa é que em 2020/21 o plantio ocupe cerca de 66,8 milhões
de hectares, 879,5 mil hectares a mais que na safra anterior.

As estimativas fazem parte do primeiro de 12 levantamentos de
campo que a Conab realiza a cada safra. Participam da coleta dos dados 80
técnicos espalhados por todas as regiões do país, que contatam aproximadamente
900 informantes cadastrados.

“Essa nova safra começa num cenário de preços muito altos, os
produtores de uma maneira geral estão muito motivados a investir”, disse o
presidente da Conab, Guilherme Bastos, ao apresentar os dados.

Bastos destacou os preços do milho, que registram preços
entre 50% a 100% maiores do que no ano passado, e da soja, que atingiu
recentemente a cotação de R$ 123 por saca, o maior valor nominal já registrado.

No caso do arroz, Bastos disse que a Conab observa uma
estabilização de preços, depois da recente alta impulsionada pelo aumento nas
exportações e no consumo interno.

Grãos

Em 2020/21, a produção de soja deve ficar em 133,7 milhões de
toneladas, estima a Conab, o que mantém o Brasil como o maior produtor mundial
da oleaginosa. A colheita de milho também deve ser recorde, de 105,2 milhões de
toneladas, 2,6% a mais do que no ano anterior.

A área de cultivo de arroz deve aumentar 1,6%, mas os
técnicos da Conab estimam queda de 4,2% na produtividade, o que deve resultar
numa colheita de 10,8 milhões de toneladas. O mesmo pode ocorrer com o feijão,
cuja safra estimada é 3,126 milhões de toneladas, o que significaria diminuição
de 3,2% em relação à temporada passada.

No caso do algodão em pluma, deve cair a área plantada e a
produtividade. A produção para o produto deve se limitar a 2,8 milhões de
toneladas, redução de 6,2% ante a safra anterior.

Neste ano, contudo, a exportação de algodão deve bater o
recorde de 1,2 milhão de toneladas produzidas até setembro deste ano, 49%
superior em relação ao mesmo período do ano anterior.

O milho deve atingir, na safra atual, 34,5 milhões de
toneladas exportadas, enquanto a exportação de soja deve ficar em 82 milhões de
toneladas e subir 3,7% na safra 2020/21, chegando a 85 milhões de toneladas,
estima a Conab.

Em geral, as exportações devem se manter elevadas devido ao
câmbio favorável, avalia a Conab.

Industria

O setor industrial nacional teve alta em 12 dos 15 locais
analisados pela Pesquisa Industrial Mensal (PIM-Regional), na passagem de julho
para agosto. O resultado mostra que seis locais já superaram o patamar
pré-pandemia da covid-19: Amazonas (7,6%), Pará (5,5%) Ceará (5%), Goiás
(3,9%), Minas Gerais (2,6%) e Pernambuco (0,7%) estão acima do nível de
produção de fevereiro de 2020. Os dados foram divulgados pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A produção industrial nacional cresceu 3,2% em agosto, quarta
alta seguida. O gerente da pesquisa, Bernardo Almeida, explicou que esse
resultado está ligado à reabertura e à flexibilização do isolamento social. “A
pesquisa reflete, em grande medida, a ampliação do movimento de retorno à
produção de unidades produtivas, após paralisações e interrupções por conta da
pandemia”.

Na comparação com agosto de 2019, a produção industrial apresentou
queda de 2,7%, com retração de nove dos 15 locais pesquisados.

A PIM-Regional apontou que o Pará teve a maior alta na
produção em agosto, com 9,8%. A taxa dá ao estado o segundo lugar em influência
no resultado geral. “É a terceira taxa positiva consecutiva do Pará, com ganho
de 18,2% nesse período”, disse, em nota, Almeida, acrescentando que o índice
foi influenciado pelo desempenho do setor de extração mineral, que equivale a
aproximadamente 88% da produção industrial paraense. (ABr)

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