88 anos do direito ao voto feminino são celebrados
Apenas em 1932 o direito ao voto feminino foi posto em prática/ Foto: reprodução
Jyeniffer
Taveira
Na última terça-feira (3), a Instituição
do Direito ao Voto da Mulher completou 88 anos. O direito não existia até 1930,
quando foi oficializado pelo então presidente Getúlio Vargas, mas a promulgação
só aconteceu dois anos depois.
Mesmo com o direito, o código permitia
apenas que mulheres casadas, com autorização do marido, viúvas e solteiras com
renda própria pudessem votar. Isso significa que o acesso completo ao voto foi
extremamente lento, de uma forma geral a participação feminina na política
ainda é sutil. Nas próximas eleições, agendadas para o dia 15, apenas
33% dos nomes são de mulheres.
Esse
número aponta que a lei de exigência mínima de 30% de candidaturas femininas está
sendo cumprida, mas não está sendo efetiva. De acordo com os dados do Tribunal
Superior Eleitoral, só 1 a cada 10 candidatos a prefeitura eram mulher.
De acordo com os últimos da Pesquisa Nacional por
Amostra de Domicílios Contínua (PNAD), em 2019 o número de mulheres no Brasil chegou
a 51,8%, enquanto os homens representam 48,2%. Um cenário político ideal é
aquele onde a população é representada. Um estudo feito pela ONU Mulheres mostrou
que o País registra os mais baixos índices de representatividade feminina e de
paridade política entre os sexos na comparação com os seus vizinhos da América
Latina.