Nielton Soares

Após engavetar o Renda Brasil, o Governo
Federal planeja criar um programa de microcrédito, voltado para os
trabalhadores informais que vão deixar de receber o auxílio emergencial já no
próximo mês. Ao todo, a previsão é que sejam investidos na nova modalidade R$
25 bilhões.

O assunto é discutido pelo
ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni, com o presidente do Banco Central,
Roberto Campos Neto, desde a última terça-feira (10).

A estimativa é de que a Caixa
Econômica Federal (CEF), banco oficial, responsável por pagar o auxílio, pode
ofertar R$ 10 bilhões para financiamento da nova linha de crédito. Para
completar o total, a equipe estudo a implementação de outras medidas.

A expectativa é que o valor do empréstimo
ao interessados fique em trono de R$ 1,5 mil a R$ 5 mil.

Fim do auxílio

O governo avalia que não há
sustentação fiscal para continuar pagando o auxílio emergencial a fundo perdido
para informais. Assim, a alternativa é ajudá-los a ter autonomia para
trabalhar. O foco do Ministério da Economia está no chamado grupo dos
“invisíveis”, que estão na informalidade e que, até então, não recebiam ajuda
oficial. Porém, irão ficar sem nenhum benefício a partir de 1º de janeiro.

Esse contingente população é de
pelo menos 38,1 milhões de brasileiros. Por outro lado, o governo ainda sinaliza
lançar um novo programa social para substituir o Bolsa Família e abarcar uma
parcela maior de beneficiários.