Emplacamento de motos cai em novembro ante outubro, aponta Abraciclo
Porém, em relação ao mesmo período do ano passado houve aumento 1,2% | Foto: ABr
A Associação Brasileira dos
Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares
(Abraciclo) informou nesta quarta-feira (9) que, em novembro, foram emplacadas
89.409 motocicletas. O volume atingido supera em 1,2% o registrado em novembro
de 2019, quando o total foi de 88.384 unidades. Em relação ao mês anterior,
porém, houve queda de 7%.
De acordo com o balanço da
entidade, a soma do acumulado do ano é de 816.382 motocicletas. Em 2019, a essa
altura, o setor já havia vendido 938.148 unidades, 17% a mais (166.766
unidades) do que este ano. As vendas no atacado também diminuíram, passando de
1.012.967 para 858.325 unidades, ou seja, uma diferença de 154.642 (15,3%).
Em novembro, o volume de
exportações aproximou-se do alcançado em 2019, apresentando queda de 3,4%. No
acumulado do ano, porém, o percentual já chega a 18%. Este ano, o setor remeteu
ao exterior 29.147 unidades, contra 35.560 de 2019.
Segundo o presidente da
Abraciclo, Marcos Fermanian, as mudanças provocadas pela pandemia de covid-19
impactaram o setor. “Atualmente, a gente sofre um desequilíbrio entre
oferta e demanda, fundamentalmente provocado pelo fato de que a motocicleta
continua sendo um veículo acessível, ágil, de baixo consumo de combustível,
baixo custo de manutenção”, afirmou.
“Essa fuga do transporte
público, com a busca pelo transporte individual, colocou a motocicleta num
protagonismo inesperado. Além disso, com o serviço de entrega, ela ganhou um
protagonismo que já era muito forte no mercado brasileiro e ficou ainda
maior”, acrescentou.
Quanto à produção de bicicletas,
a expectativa é de que fique 20% abaixo do patamar de 2019 (919.924 unidades),
totalizando 736 mil. A variação, em relação a novembro do ano passado foi
negativa, de 19,7%.
O esperado era que o setor
encerrasse o ano com uma produção de 1,175 milhão de motocicletas. Atualmente,
o total é de 937 mil, quantia 15,4% inferior.
Sobre o desempenho da indústria
no ano que vem, Fermanian afirmou que a previsão consolidada deverá ser
divulgada somente em janeiro. Para ele, as circunstâncias da crise sanitária
têm mudado rapidamente, de modo que se torna inviável adiantar números e traçar
uma perspectiva. “É difícil elaborar um plano efetivo, sem ter controle da
pandemia e também em relação à recuperação da economia do país. A expectativa,
no mínimo, é voltar pelo menos ao patamar de 2019 e zerar esse débito, esse
negativo que será registrado em 2020.” (ABr)