Em menos de 30 dias de gestão, Rogério Cruz garante maioria da Câmara como base
Após sua posse oficial, o prefeito de Goiânia abriu sua agenda e atendeu vereadores durante todas as semanas até agora, e já coleciona bom relacionamento com o Legislativo goianiense | Foto: reprodução
Marielle Sant’Ana
São menos de 30 dias de
gestão mas o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz (Republicanos), já tem sido
considerado por muitos um bom chefe do Executivo e um bom articulador. Isso por
quê nas últimas semanas, Cruz tem se encontrado com vereadores e colocado em
prática os projetos de promessa de campanha de Maguito Vilela (MDB), quando este
estava vivo.
As próximas semanas,
porém, ainda vão ser cruciais para consolidar uma base oficial ao Executivo,
pois há muito trabalho a ser feito. Apesar disso, ao menos a liderança do
prefeito na Câmara já foi definida: Sandes Júnior (PP) foi escolhido junto a Anselmo
Pereira (MDB) que representa vice-liderança.
Neste sentido, para
compreender como está o cenário atual na Câmara Municipal de Goiânia, o jornal
O Hoje ouviu os vereadores eleitos para saber o posicionamento deles em relação
a Rogério. Isto é, se estão ou não a favor do gestor, se consideram ser base,
oposição ou neutros.
Dos vereadores ouvidos,
além de Sandes e Anselmo, declaradamente da base, outros 15 garantiram ser
apoiadores do prefeito: Edgar Duarte (PMB), Leandro Sena (Republicanos), Leia
Klebia (PSC), Léo José (PTB), Marlon (Cidadania), Paulo Henrique da Farmácia
(PTC), Romário Policarpo (Patriota), Sargento Novandir (Republicanos), Willian
Veloso (PL), Bessa (DC), Bruno Diniz
(PRTB), Pastor Wilson (PMB), Clécio Alves (MDB), Joãozinho Guimarães (Solidariedade)
e Juarez Lopes (PDT). Além disso, a vereadora Aava Santiago (PSDB) disse que
está em um processo de construção e “disponível” a ser da base.
“Além de ser amigo
pessoal do Rogério, acredito que ele será um dos melhores prefeitos que essa
cidade já teve, por esse motivo sou base”, afirmou o presidente da Câmara
Municipal de Goiânia, Romário Policarpo. O vereador Willian Veloso também
confia na gestão do prefeito, “tem histórico de bons serviços prestados à
sociedade goianiense”.
Para Léo José, o momento
é de unir forças. “A Câmara e a Prefeitura de Goiânia precisam se unir para
conseguirmos ter um desenvolvimento melhor para a nossa cidade e, assim,
conseguir passar por essa pandemia de uma forma mais fácil para nossa população
goianiense”. Nesta perspectiva, de querer somar, Marlon também se posiciona
favorável ao prefeito. “Acredito que nenhum vereador tem motivo para ser
oposição hoje. Mas, naturalmente, com o tempo muita coisa vai se desenhar”,
completou.
Há também os que se
posicionaram como independentes ao Paço, com possibilidades de oposição. Foram
Lucas Kitão (PSL), Kleybe Morais (MDB), Mauro Rubem (PT), Ronilson Reis (PODE),
Pedro Azulão Júnior (PSB), Anderson Sales (DEM),
Thialu Guiotti (AVANTE) e Santana Gomes (PRTB). No entanto, oito representam uma minoria.
O vereador Lucas Kitão
preferiu uma posição independente da prefeitura por coerência com os seus
“princípios”. “Se o prefeito estiver bem intencionado, ele vai ter meu apoio,
mas, se ele exceder em algum ponto, nós vamos ser firmes”, declarou. Com
pensamento semelhante, Ronilson Reis, de apoiador hoje se mostra independente à
base do atual prefeito. E acrescenta: “Ele (Rogério Cruz) precisa respeitar os
vereadores e saber que cada vereador representa uma parcela dos goianienses.
Esse é o fator primordial de um bom convívio entre os poderes.”
Kleybe Morais acredita
que são vários os motivos para oposição. Entre os motivos, o vereador citou
“não concordar os nomes de alguns secretários que compõem a gestão”. E Mauro
Rubem alega que “fazer parte de um governo tem que ser sustentado em um projeto
de governo. Também entendo que a principal função do vereador é fiscalização
das políticas públicas e dos recursos”.
O vereador Pedro Azulão disse
que para o bem da população ele irá caminhar juntamente com o gestor municipal,
mas afirma: “não vou entregar meu mandado
para no prefeito, se for para o bem de Goiânia, irei caminhar junto, se não,
não irei apoia-lo”.
Já Santana Gomes (PRTB), que também se posiciona como independente,
disse que vai fiscalizar a gestão de Rogério. “Vou acompanhar as ações do
Prefeito, os projetos maiores para Goiânia, vou apoiar no que for possível”,
pontuou. Ele também cita o Plano Diretor que era para ser votado no ano
passado, mas ainda não houve a votação “O plano diretor é necessário, mas é precisa fazer algumas mudanças
urgentemente. Já tem anos de atraso e precisa de uma a revisão”, afirmou.
Até o fechamento desta
matéria, sete vereadores não se posicionaram ou não responderam à reportagem.
São eles: Gabriela Rodart (DC), Luciula do Recanto (PSD), Sabrina Garcez (PSD),
Geverson Abel (Avante), Isaias Ribeiro (Republicanos), Henrique Alves (MDB), Cabo Senna (Patriota)
e Izídio Alves (MDB).
Destes, Isaías, Geverson
e Cabo Sena são considerados base por falas em outras entrevistas. Já Sabrina,
Grabriela, Luciula, Dr Gian e Henrique Alves, de acordo com informações dos
bastidores, são julgados como flutuantes entre independência e base.
Colaborou Shisleny Gomes