Após ser citado em esquema de corrupção, investigação contra Alexandre Baldy vai ao STJ
Segundo a denúncia, o pai de Lincoln Tejota teria pedido doação para a campanha de deputado do filho em troca de organização receber pagamentos atrasados do governo
Após o pedido de arquivamento pelo Ministério Público Eleitoral (MPE), de Goiás por falta de provas, o processo contra o presidente do Progressistas (PP) em Goiás, Alexandre Baldy, será investigado pelo Superior Tribunal de Justiça. O novo rumo das investigações aconteceu após o vice-governador de Goiás, Lincoln Tejota (Cidadania), e o pai Sebastião Tejota, serem citados por delatores como beneficiários de um suposto esquema de corrupção na área da saúde dos estados de São Paulo e Rio de Janeiro.
Com essa citação, uma decisão judicial encaminhou o processo para o STJ devido Sebastião ter foro privilegiado. Segundo o jornal O Globo, o delator Edson Giorno contou aos investigadores que o conselheiro teria pedido, na residência de Baldy em Goiânia, doações para a campanha de Lincoln na época para deputado estadual. Caso a ajuda ocorresse, Sebastião iria agilizar o Pró-Saúde a receber pagamentos atrasados do governo.
Baldy é investigado por receber R$ 2,6 milhões de propinas dos dirigentes da organização social Pró-Saúde e da empresa Vermute de 2014 a 2018. Neste período, ele era deputado federal por Goiás e chegou a ser ministro das Cidades entre novembro de 2017 até dezembro de 2018.
Com esses cargos, os procuradores afirmar que ele usou a influência para intermediar os contratos ligados ao governo de Goiás e à Fiocruz para ganhar comissão.
NOTA DA PRÓ-SAÚDE:
A Pró-Saúde informa que tem colaborado de forma irrestrita com as investigações e vem adotando ações para o fortalecimento de sua integridade institucional.