Pazuello: “O preço das vacinas da Pfizer era três vezes maior”
Durante a fala na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Covid-19, realizada hoje (19/05), o ex-ministro General Eduardo Pazuello afirmou que o representante da Pfizer mentiu quando disse que não houve respostas do governo, mas que as clausulas eram assustadoras. Ainda de acordo com Pazuello, o preço das vacinas da empresa foram oferecidas com o […]
Durante a fala na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Covid-19, realizada hoje (19/05), o ex-ministro General Eduardo Pazuello afirmou que o representante da Pfizer mentiu quando disse que não houve respostas do governo, mas que as clausulas eram assustadoras. Ainda de acordo com Pazuello, o preço das vacinas da empresa foram oferecidas com o triplo do valor em comparação aos imunizantes de outros laboratórios.
O ex-ministro também comentou que não tem nenhum conhecimento sobre uma possível comissão formada pelo presidente, que aconselha o executivo sobre as ações. “Nunca recebi ordens de Bolsonaro ou pessoas que o representavam para tomar decisões dentro da pasta da Saúde”, cita.
O relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB – AP) perguntou sobre diversas polêmicas que envolveram a passagem do general pela Saúde, dentre elas, sobre o ministério paralelo, influência dos filhos do presidente, e sobre possíveis orientações diretas de Jair Bolsonaro. Pazuello reforçou que todas as ações partiram do próprio Ministério da Saúde, e de que não houve influência externa.
O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSB – AM) afirma que as falas de Pazuello são totalmente diferentes das que o ex-ministro da comunicação, Fábio Wajngarten, falou durante a sua passagem CPI. De acordo com Aziz, há uma grande contradição nestas declarações.
Cloroquina
Quando questionado sobre a adoção do uso da cloroquina, mesmo sem nenhuma comprovação científica sobre a eficácia dela contra o Covid-19, Pazuello afirmou que O Brasil usa a cloroquina há 50 anos. “É um antiviral e anti-inflamatório. Foi utilizada na crise do zika vírus em 2016. Em 2017, o MS criou protocolo para crise da cloroquina na crise do chikungunya””, cita.
Ele reforça que ao longo da pandemia, os médicos viram isso e, segundo ele, começaram a ver que estava sendo usada em vários países. “Estamos falando de 29 países que tem protocolo para a Covid – como Índia, Rep. Tcheca, Venezuela e Cuba”, comenta.
Pazuello reforça que o Ministério da saúde começou a orientar para o uso dos remédios como cloroquina e hidroxicloroquina ainda na gestão de Mandetta. “Os médicos estavam usando off label. Isso é notório. Então nós redigimos uma nota técnica”.
Resolveu responder
O ex-ministro, que havia conseguido um habeas corpus para não responder perguntas diretamente sobre ele, afirmou que irar deferir todos os questionamentos. Ele acabou indo sem a farda, que anteriormente havia alegado que iria utiliza-la.