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sábado, 23 de novembro de 2024
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Instisfação

Confiança dos empresários do comércio cai 1,2% em maio

Índice aparece está em insatisfação pela 2º vez.

Postado em 21 de maio de 2021 por Agência Brasil
Confiança dos empresários do comércio cai 1
Índice aparece está em insatisfação pela 2º vez | Foto: Reprodução

Apesar da expectativa positiva com as vendas de Dia das Mães, a confiança do empresário do comércio caiu em maio em relação ao mês anterior. O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) teve redução de 1,2%, atingindo 91,3 pontos. Assim, o índice aparece na zona de insatisfação (abaixo de 100 pontos) pela segunda vez consecutiva. Apurado mensalmente pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o Icec foi divulgado na última quinta-feira (20/05).

Segundo a entidade, a performance do Icec prenuncia um começo de ano preocupante, apesar dos esforços das políticas públicas para mitigar os efeitos sobre o consumo e o mercado de trabalho. “Além das condições gerais da economia, a queda do índice pode relacionar-se com a baixa capacidade de reativação do consumo. Somam-se a esta situação a demora com a terceira fase do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe) e o atraso das medidas protetivas ao emprego, bem como o adiamento do pagamento de parcelas de empréstimos e débitos fiscais”, avalia a CNC.

Impacto das restrições

O presidente da CNC, José Roberto Tadros, disse que os efeitos das medidas de restrição às atividades de comércio e de serviços podem ainda ser percebidos sobre o setor. Em especial, devido ao ritmo da vacinação lento o que pode ter gerado dificuldade no aumento de circulação de pessoas, prejudicando as compras presenciais.

“Mesmo com os incentivos do governo, como a nova rodada do auxílio emergencial, estamos falando de uma conjuntura econômica ainda complexa por causa da inflação e desemprego, o que afeta decisões e expectativas dos empresários”, afirmou, em nota, Tadros.

De acordo com a análise, diferentemente dos últimos meses, quando todos os componentes do Icec caíram, em maio um dos três subíndices subiu marginalmente 0,1%, o das expectativas, influenciado sobretudo pela percepção de possível melhora com as vendas do Dia das Mães, época considerada a melhor do primeiro semestre e a segunda do ano, após o Natal.

O economista da CNC responsável pela pesquisa, Antonio Everton, destacou que a melhora no otimismo dos comerciantes foi a única explicação responsável pela suavização na queda do Icec.

“Além do contexto favorável do aumento das vendas, também se observa interesse do comércio com a entrada em circulação da concessão dos benefícios de transferência de renda, como o auxílio emergencial, que chegará a R$ 44 bilhões no total, e a antecipação do pagamento do décimo terceiro salário do INSS, cuja estimativa é disponibilizar R$ 52,7 bilhões para consumo, poupança e pagamento de dívidas. Foi importante ter havido algum otimismo nas expectativas para mitigar o decréscimo do índice no mês”, afirmou.

Estoques da indústria

Depois de atingir nível crítico no segundo semestre do ano passado, o estoque das indústrias recuperou-se em abril e votou a ficar próximo do planejado, reduzindo a escassez de matéria-prima. A conclusão consta da pesquisa Sondagem Industrial, divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI).

O índice de estoques encerrou abril em 49,6 pontos, próximo da linha divisória de 50 pontos. Indicadores abaixo de 50 pontos mostram estoques abaixo do planejado. Acima desse valor, estão acima do previsto.

Desde maio, o índice de estoques estava abaixo dos 50 pontos. Os menores níveis foram atingidos em setembro e outubro, quando ficou em 43,4 pontos e 43,3 pontos, respectivamente. De lá para cá, o indicador começou a recuperar-se, mas ultrapassou os 49 pontos em abril.

Segundo a CNI, esse ajuste é importante porque a redução do estoque das indústrias causou impacto no fornecimento de insumos e de matérias-primas ao longo dos últimos meses, elevando preços e prejudicando o setor.

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