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terça-feira, 24 de dezembro de 2024
Alta dos alimentos

Sem consumidor, abate bovino tem queda de 10,6%

Abate de bovinos no trimestre tem menor nível desde 2009

Postado em 10 de junho de 2021 por Agência Brasil
Sem consumidor
Abate de bovinos no trimestre tem menor nível desde 2009 | Foto: Reprodução

O abate de bovinos no primeiro trimestre deste ano foi de 6,56 milhões de cabeças, uma queda de 10,6% em comparação ao primeiro trimestre de 2020 e de 10,9% ante o trimestre anterior. É o menor resultado desde o primeiro trimestre de 2009. Os dados são da Estatística da Produção Pecuária, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A queda no abate de bovinos foi verificada em 23 das 27 unidades da federação. O estado de Mato Grosso continua liderando o abate de bovinos, com 15,7% da participação nacional, seguido por Mato Grosso do Sul, com 11,7%, e São Paulo, que detém 10,2% da produção brasileira.

Frango e suínos

O abate de frangos teve no período um novo recorde na série histórica, iniciada em 1997, chegando a 1,57 bilhão de cabeças. O resultado é 3,3% superior ao mesmo período de 2020 e cresceu 0,7% na comparação com o quarto trimestre de 2020. O Paraná lidera a produção com folga, sendo o estado responsável por 33,1% da participação nacional, seguido por Rio Grande Sul (13,9%) e Santa Catarina (13,3%).

O abate de suínos no primeiro trimestre de 2021 foi de 12,62 milhões de cabeças, o melhor resultado para o período desde o início da série. O aumento foi de 5,7% em relação ao mesmo período de 2020 e de 0,6% na comparação com o quarto trimestre de 2020. Santa Catarina tem 28,9% da participação nacional, seguido por Paraná (20,3%) e Rio Grande do Sul (17,5%).

De acordo com o supervisor da pesquisa, Bernardo Viscardi, o resultado do primeiro trimestre do ano condiz com o que foi observado no ano passado. “Houve uma continuidade da tendência observada em 2020, com queda no abate de bovinos e crescimento de suínos e frangos. Ao mesmo tempo, os preços médios da arroba bovina e do bezerro atingiram valores máximos nas respectivas séries”.

Exportação

Segundo o IBGE, a produção para exportação continua aquecida. A Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia registrou o terceiro maior volume de carne bovina in natura exportada para o período analisado, com 133,82 mil toneladas apenas em março, um recorde para o mês.

Quanto aos suínos, os preços do animal vivo e da carne suína no mercado interno sofreram desvalorização no trimestre, aumentando sua competitividade. Ao mesmo tempo, foi registrado recorde de exportações de carne suína in natura, de acordo com a Secex.

De acordo com o instituto, o desempenho das exportações da carne de frango permaneceu em patamares razoáveis no trimestre, o que indica que o aumento da produção se destinou ao consumo interno.

Leite, ovos e couro

A pesquisa indica que a aquisição do leite cru teve aumento de 1,8% em relação ao primeiro trimestre de 2020, chegando a 6,56 bilhões de litros, a maior no acumulado em um primeiro trimestre na série histórica. O resultado é 3,5% menor em comparação com o quarto trimestre de 2020, uma queda sazonal esperada.

A produção de ovos de galinha foi de 978,25 milhões de dúzias, um aumento de 0,3% frente ao apurado no primeiro trimestre de 2020 e queda de 1,3% na comparação com o trimestre anterior.

Quanto à Pesquisa Trimestral do Couro, os curtumes receberam 7,07 milhões de peças de couro no primeiro trimestre, 6,6% a menos do que o adquirido no primeiro trimestre de 2020 e queda de 8% em relação ao quarto trimestre de 2020. O menor resultado para um primeiro trimestre desde 2002. (ABr)

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