Governador do Amazonas recebe habeas corpus é deve não comparecer à CPI nesta quinta (10)
O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), pode não comparecer para depor à CPI da Pandemia nesta quinta-feira (10/06). Ele recebeu um habeas corpus da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, na noite dessa quarta-feira (9), para não se apresentar à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado. Com essa decisão, a reunião do colegiado de […]
O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), pode não comparecer para depor à CPI da Pandemia nesta quinta-feira (10/06). Ele recebeu um habeas corpus da ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, na noite dessa quarta-feira (9), para não se apresentar à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado.
Com essa decisão, a reunião do colegiado de senadores poderá ficar restrita à votação de requerimentos. No pedido, a defesa do governador argumentou, entre outros pontos, que CPIs instaladas pelo Congresso Nacional possuem competência para fiscalizar a administração pública federal, sendo-lhe, portanto, vedado investigar a administração pública estadual e municipal.
Ao analisar o pedido, Rosa Weber afirmou que o governador pode decidir, por livre e espontânea vontade, se quer comparecer à CPI. Se resolver ir, ele terá direito a permanecer calado e, caso decida falar, não precisará fazer o juramento de dizer a verdade. Isso porque a ministra entendeu que, como Lima já foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República e é investigado por suposto envolvimento em um esquema de desvio de verbas destinadas ao enfrentamento da pandemia de covid-19, ele tem direito de não dar respostas que possam incriminá-lo.
Chefe do executivo
Se não tivesse obtido a decisão favorável do STF, Wilson Lima seria o primeiro governador a depor, na condição de testemunha, se comprometendo a dizer a verdade, sob risco de incorrer no crime de falso testemunho. Os senadores pretendiam questioná-lo sobre suspeitas de desvios de recursos que deveriam ter sido usados no combate à pandemia e sobre o colapso na saúde do estado, que levou à falta de oxigênio em hospitais.