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sábado, 23 de novembro de 2024
Negócios

Goiás está entre os melhores estados brasileiros para empreender e investir

Goiás também está bem colocado no Doing Business Subnacional Brasil 2021, desenvolvido pelo Banco Mundial

Postado em 19 de junho de 2021 por Augusto Sobrinho
Goiás está entre os melhores estados brasileiros para empreender e investir
O estado está no 8º lugar do Índice Mackenzie de Liberdade Econômica Estadual (IMLEE) de 2020

O Centro Mackenzie de Liberdade Econômica da Universidade Presbiteriana Mackenzie divulgou, neste mês, o Índice Mackenzie de Liberdade Econômica Estadual (IMLEE) de 2020. Com nota igual a 7.84, Goiás ocupa o 8º lugar nesse levantamento e indica que o Estado está entre os dez melhores estados brasileiros para se empreender e para receber investimentos de empresas multinacionais.

Entretanto, este estudo é realizado com base na metodologia do Fraser Institute no Economic Freedom of North America e utiliza dados coletados em 2018, ou seja, ainda é uma realidade pré-pandemia da Covid-19. O IMLEE 2020 aponta melhoria no ambiente de negócios de boa parte dos estados brasileiros antes do coronavírus, mas o impacto dele na liberdade econômica estadual só será inserido no índice em 2022.

Com o índice, que varia de zero (menos liberdade) a dez (mais liberdade), o Centro Mackenzie de Liberdade Econômica desenvolve este estudo com a finalidade de fomentar o debate sobre a liberdade econômica no Brasil e estimular a adoção de políticas públicas que ampliem a liberdade econômica e permitam maior crescimento e prosperidade da economia brasileira e de seus cidadãos.

O economista, Adriano Paranaíba, explica como a liberdade econômica estadual impacta o bolso do cidadão goiano. “Ele é um mapeamento importante para empresários, profissionais liberais e empregados de onde é um lugar melhor para empreender, pois mostra onde terá menos peso do estado atrapalhando e onde terá maior liberdade para poder ser funcionário sem ter muitas amarras sindicais”, disse.

Para isso, o índice traz em que medida as políticas das UF (estados e municípios) e os cenários específicos foram, em 2018, capazes de apoiar a liberdade econômica. Ele se baseia nos seguintes aspectos: gasto dos governos subnacionais, tributação nas unidades federativas e regulamentação e liberdade nos mercados estaduais de trabalho, neste último, Goiás está em 1º lugar.

Referente aos gastos dos governos subnacionais, infelizmente, Goiás cai para a 17ª posição. Com ele o estudo apontou que o Estado tinha um gasto maior com endividamento, transferências e despesas previdenciárias e com pensões. Adriano afirma que este é o mais importante, pois quanto maior o gasto com o custeio da máquina pública mais tributos ele irá cobrar e menor liberdade econômica para cidadãos e empresas.

Essa realidade também é sentida no segundo aspecto, que verificou a tributação nas unidades federativas. Nesse, Goiás ocupa o 24ª lugar com nota igual a 6.20. Infelizmente, isso representa que pessoas física e jurídica pagavam mais impostos sobre propriedade e transferências de patrimônio, como, por exemplo, IPTU, e sobre produção e consumo de mercadorias e serviços.

Por outro lado, no aspecto da regulamentação e liberdade nos mercados estaduais de trabalho, nosso Estado recebeu destaque do Centro Mackenzie de Liberdade Econômica. Com resultado igual a 8.66, Goiás ocupa o primeiro lugar nessa dimensão devido à existência de leis estaduais sobre salário mínimo e piso salarial do Estado. Além disso, também verificou que os trabalhadores formais goianos, tanto do setor público quanto do privado, possuem menos amarras sindicais.

Com tudo, é importante verificar pesquisas que utilizem dados mais recentes para trazer a realidade que está mais próxima de nós. Por isso, nossa reportagem entrevistou a secretária de economia de Goiás, Cristiane Schmidt, para verificar as atuais políticas públicas que o Estado está adotando para ampliar a liberdade econômica. Ela nos indicou o Doing Business Subnacional Brasil 2021, publicado nesta terça-feira (15/06).

Uma nova gestão

Os dados usados pelo Índice Mackenzie de Liberdade Econômica Estadual (IMLEE) de 2020 são desatualizados, pois é referente à gestão do ex-governador José Eliton. Desde 2019 o então governador de Goiás, Ronaldo Caiado, assumiu o cargo e, segundo Cristiane, “juntos deram um novo rumo para a economia do Estado”. Além disso, também é importante falar do impacto do coronavírus.

O Doing Business Subnacional Brasil 2021, projeto do Banco Mundial, analisa o ambiente de negócios de cada estado brasileiros a partir de cinco indicadores de regulamentação e práticas locais. São eles: abertura de empresas, obtenção de alvará de construção, registro de propriedades, pagamento de impostos e execução de contratos.

“Nele, Goiás está em 11º lugar dos 27 Estados. Mas, o item que a gente está perdendo de lavada, que ficamos em último lugar, é a abertura de empresas. Isso é relativo a 2020, porém, neste ano, a gente melhorou tanto nesse quesito que conseguimos abrir uma empresa em 26h [de acordo com o Boletim do Mapa de Empresas 2020, do Governo Federal]. Ou seja, certamente estaremos uma colocação melhor no ano que vem”, afirma a secretária de economia de Goiás.

Nos demais indicadores, nosso Estado recebeu destaque devido estar entre os dez melhores colocados. Isto é, Goiás é um dos melhores estados brasileiros para uma empresa conseguir obter alvarás de construção, registrar a propriedade, pagar os impostos e contratar novos funcionários. Todos esses aspectos serão mais bem explorados na matéria de Negócios, desta segunda-feira (21/06).

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