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quarta-feira, 27 de novembro de 2024
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Empréstimos

Paço busca alternativas para bancar obras de infraestrutura

Município estuda aplicar recursos da venda da Folha de Pagamento para bancar obras

Postado em 25 de junho de 2021 por Samuel Straioto
Paço busca alternativas para bancar obras de infraestrutura
Município estuda aplicar recursos da venda da Folha de Pagamento para bancar obras | Foto: Reprodução

Após não renovar contrato de empréstimo de R$ 780 milhões junto com a Caixa Econômica Federal (CEF), a Prefeitura de Goiânia busca alternativas para bancar obras na cidade, por exemplo, o recapeamento de 628 km de ruas e avenidas e a construção do complexo viário da Jamel Cecílio. Entre as alternativas está a possibilidade de uso de recursos da venda da Folha de Pagamento, cuja licitação ainda será aberta. De acordo com a Secretaria Municipal de Finanças (Sefin), ainda há a disponibilidade do uso de R$ 112 milhões oriundos do contrato que segundo a gestão segue vigente até o dia 27 de agosto.

Por meio de nota, a Secretaria Municipal de Finanças informou que “decidiu por não renovar o contrato para manter sob controle o nível de endividamento a médio prazo e pelo compromisso irrevogável de executar a gestão das finanças públicas em hígida observância ao orçamento com extrema responsabilidade administrativa”. A prefeitura alegou que não faltarão recursos para que as obras sejam concluídas.

“Nós temos realmente uma situação de suspensão daquele contrato da Caixa e, com isso, a próxima remessa de recurso não vai ocorrer, mas temos ainda uma boa quantidade de recursos para despender desse financiamento, dinheiro que já está em caixa. A partir daí vamos ter de recorrer aos recursos da própria prefeitura. Estamos com mais de 50% daquele contrato de recapeamento em andamento, estamos ainda trabalhando com aqueles recursos da caixa. Eu acredito que nós vamos usar 60%, um pouquinho mais, dos recursos da Caixa. A partir daí teremos de contar com recursos do próprio município”, disse o titular da Seinfra, Fausto Sarmento.

O contrato tem taxa de CDI (Certificado de Depósito Interbancário) de 117,40% ao ano. A Secretaria de Governo alegou que a prefeitura não está abrindo mão de recursos, ao não promover a renovação do contrato de empréstimo. O município já captou com a instituição R$ 442 milhões, ou seja, um valor R$ 42 milhões acima do que foi orçado para custeio do programa de reconstrução de 627 quilômetros de ruas de 107 bairros da Capital. Em 2021, a Prefeitura de Goiânia usou R$ 89 milhões dos R$ 200 milhões que foram disponibilizados.

Em nota, a assessoria de Imprensa da Regional Centro-Oeste da CEF não confirmou o fim das negociações para prorrogação do empréstimo. “Sobre o contrato de empréstimo o banco esclarece que, até o presente momento, está em tratativas com a prefeitura de Goiânia, e que aguarda retorno do ente municipal, visando o prosseguimento da operação”, destacou. Pontos mais detalhados não foram apresentados. O contrato é do programa Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa) e foi assinado em novembro de 2019, ainda na gestão do ex-prefeito Iris Rezende (MDB). O prazo de financiamento é de 120 meses, com carência de 12 meses.

O Município já estuda a busca de recursos alternativos para que as obras possam ser concluídas, por exemplo, a venda da Folha de Pagamento. A Prefeitura de Goiânia prepara a licitação da venda da Folha de Pagamento dos servidores públicos municipais. O contrato atual também é com a Caixa Econômica Federal, e foi assinado em 25 de fevereiro de 2016. A época da venda da folha foi firmada na ordem de R$ 81 milhões. A Prefeitura de Goiânia tem 44,9 mil funcionários.

A Caixa Econômica Federal também informou que continua as tratativas com o Município visando uma possível renovação do contrato. Sobre o contrato de empréstimo o banco esclarece que, até o presente momento, está em tratativas com a prefeitura de Goiânia, e que aguarda retorno do ente municipal, visando o prosseguimento da operação. A Prefeitura tenta fechar o novo contrato com valores superiores ao do contrato passado, com estimativas de até R$ 200 milhões.

Além da venda da Folha, também há outras alternativas como os recursos a serem obtidos no Refis que foi aprovado na última quarta-feira (23), na Câmara de Goiânia e ainda a redução temporária de alíquotas do Imposto Sobre Transmissão de Imóveis (ISTI), que também teve aprovação dos vereadores na mesma data. Politicamente, na Câmara de Goiânia, houve pouca manifestação a respeito do assunto. Um dos parlamentares que se manifestaram foi Santana Gomes (PRTB).

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